Atividades diversas marcam o Dia Nacional de Luta Antimanicomial

O aprimoramento dos serviços substitutivos que compõem as RAPs é uma das políticas prioritárias do governo do estado (Foto: Edna Medeiros)
O aprimoramento dos serviços substitutivos que compõem as RAPs é uma das políticas prioritárias (Foto: Edna Medeiros)

A extinção dos hospitais psiquiátricos e sua substituição por serviços que ofereçam aos usuários autonomia, identidade e liberdade de expressão é a proposta do movimento antimanicomial.

No dia que simboliza a luta pela garantia dos direitos das pessoas com sofrimento mental, 19 de maio, representantes das coordenações estadual e municipal de Saúde Mental, profissionais da atenção básica, usuários e familiares participaram de uma mesa redonda, que ocorreu no auditório do Ministério Público Estadual (MPE).

O evento teve como objetivo apresentar o funcionamento das Redes de Atenção Psicossocial (RAPs) e discutir os avanços na política de saúde mental no estado, desde a criação da Lei 10.516 de 2001, que instituiu a reforma psiquiátrica em âmbito nacional.

As RAPs buscam garantir o cuidado integral e longitudinal no campo dos transtornos mentais e das necessidades decorrentes do uso de drogas e álcool, focando no sujeito e não na sua doença, proporcionando a este a possibilidade do convívio social e comunitário.

“Temos como missão estruturar, incentivar e fomentar a implantação de serviços em todo o estado para chegar ao ponto em que os hospitais psiquiátricos se tornem obsoletos e os usuários não precisem mais ir a um hospital quando estiverem em crise”, explicou a gerente da Divisão de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Kariny Gonçalves.

Simultaneamente ao encontro, ocorreu a exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos pacientes atendidos nas diversas unidades de atendimento em saúde mental, como Caps AD III, Unidade de Acolhimento Paolo Pêra e Associação de Parentes e Amigos da Saúde Mental, em frente ao quartel da Polícia Militar, e a caminhada “Por uma sociedade sem manicômios, pelas ruas do centro de Rio Branco.

Redes de Atenção Psicossocial no Acre

As RAPs são compostas pelos serviços de atenção básica em saúde, centros de atenção psicossocial de diversas modalidades, atenção de urgência e emergência, atenção residencial de caráter transitório e hospitalar, serviços residenciais terapêuticos e reabilitação psicossocial, com a oferta de iniciativas de geração de trabalho e renda.

No Estado do Acre estão implantados CAPS I em Brasiléia, Epitaciolândia e Tarauacá. Em Rio Branco: um CAPS AD III, uma Unidade de Acolhimento Adulto Masculino e uma Feminina e Leitos de Saúde Mental no Hospital de Urgências e Emergências de Rio Branco (Huerb).

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