Atendimento a portadores de dependência química é tema de encontro

Discussão envolveu profissionais e entidades de saúde na construção da rede de cuidados para estes pacientes

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Pablo comenta que o interesse dos profissionais durante o evento foi uma boa surpresa (Foto: Angela Peres/Secom)

O Programa de Residência Médica Multiprofissional desenvolvido pelo Centro de Formação da Unidade de Saúde da Família do Tucumã e organizações vinculadas à Central de Articulação das Entidades de Saúde (Cades) realizaram durante esta quinta-feira, 16, o 1º Encontro Tecendo a Rede de Cuidados para Pacientes Portadores da Dependência Química em Rio Branco. A intenção foi discutir mecanismos de formação de uma rede que envolva profissionais e unidades de saúde para atender o fluxo de pacientes portadores de dependência de álcool e drogas.

A iniciativa de promover o encontro surgiu depois de rápida investigação nas comunidades atendidas pelas USF’s do bairro Mocinha Magalhães, conjuntos Ruy Lino e Tucumã e Jardim Primavera sendo observada uma demanda reprimida no atendimento a pessoas com estas necessidades. Hoje a porta de entrada destes pacientes é o pronto socorro do Hospital de Urgências e Emergências de Rio Branco (Huerb) que possui 14 leitos, número considerado insuficiente para atender o fluxo.

Presentes aos debates, quatro comunidades terapêuticas filiadas à Cades e que atendem portadores de dependência química após o acolhimento inicial no PS, residentes das áreas médica e terapêuticas. O diretor do Programa de Residência Médica Multiprofissional, . "Era para ser uma reunião fechada. Ao saber que este evento seria realizado muitas pessoas quiseram participar". Ele diz que é preciso discutir uma proposta de reinserção social com apoio institucional que ajude a romper o preconceito em torno do assunto na rede pública de saúde e na sociedade.  

No Acre existem dezenas de comunidades terapêuticas que recebem e tratam pessoas portadoras de dependência química. Muitas delas fazem um trabalho silencioso como o que fazia no início a Casa de Recuperação Caminho de Luz. Mantendo atualmente 40 pessoas em regime de internato e semi-internato, a entidade hoje vinculada à Cades troca informações, recebe capacitações e recurso para auxiliar na manutenção da casa. "Ficou mais fácil atual desta forma. O melhor é participar de cursos e capacitações, além de receber esta ajuda financeira porque antes dependíamos apenas de doações", diz Leoni Fátima, coordenadora da casa.

Da plenária foi tirado um documento oficial que será enviado aos gestores municipais e estaduais de saúde que sugere a criação de grupos de trabalho que se dedique à criação desta rede.

 

 

 

 

 

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