Ateliê Yawa inicia segundo ano de trabalho e maturação

Roque Yawanawa busca apoio governamental para o desenvolvimento de ateliê (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Roque Yawanawa busca apoio governamental para o desenvolvimento do ateliê (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Em um ano de trabalho, o cacique e empreendedor Roque Yawanawa entendeu que está na hora de expandir seu pequeno negócio. Após receber capacitação e três máquinas de costura, trabalha com seus familiares. Pertencentes à Aldeia Yawarani  da Terra Indígena do Rio Gregório localizada em Tarauacá, o grupo alugou um ponto comercial, que foi transformado no Ateliê Yawa, um empreendimento em maturação.

O diferencial são as aplicações de kenês nas peças produzidas. O trabalho é dividido entre a costura e o artesanato com miçangas, que atendem demandas sazonais: “O primeiro lote fizemos e vendemos todinho para os visitantes do festival que ocorreu na aldeia Nova Esperança”, conta sobre a aceitação do produto. Com o lucro foi comprado um barco e motor para sua comunidade. Na aldeia de Roque existem 16 famílias.

O segundo lote, foi testado para fazer os kenês com pintura nas peças, trabalho em aprimoramento. E está sendo preparada a terceira remessa para o festival em julho da aldeia Mutum. “O nosso objetivo é entrar no mercado, aprimorando nosso estilo e aumentando nossa produção para poder incluir outros jovens”, demanda que foi apresentada pelo representante indígena ao titular da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN), Henry Nogueira, nesta segunda-feira, 20.

A resposta a curto prazo será a inclusão do empreendimento na economia solidária, visando a primeira participação na ExpoAcre deste ano. “O mais importante é sabermos que o investimento do governo do Estado está sendo bem aproveitado por famílias que têm vontade de empreender, por isso vamos continuar apoiando para que alcancem a sustentabilidade e possam alçar novas metas”, afirma Henry.

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