O governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), visitou nesta quarta-feira, 27, a ocupação Marielle Franco no Bairro Defesa Civil, a fim de conhecer as necessidades da comunidade.
A secretaria visitou a comunidade e conheceu a realidade da cozinha solidária que recebe recursos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) nacional, e atua na ocupação atendendo às famílias do local, oferecendo 130 marmitas diárias à comunidade Marielle Franco e pessoas que vêm de outros bairros.
O titular da SEASDH, Alex Carvalho, destacou as necessidades da cozinha solidária e das famílias da ocupação Marielle Franco, que necessitam de assistência com recursos básicos como alimentação, fraldas, leite, mochilas, sandálias, roupas, entre outros.
“Essas famílias serão contempladas com as construções do Programa Minha Casa, Minha Vida e precisam de assistência e amparo. Há algumas crianças com necessidades especiais que precisamos ver a melhor forma de ajudar. Algumas ainda não estão estudando, não conseguiram vagas nas escolas, outras estão precisando de materiais básicos”, ressaltou.
Em relação à comida, contou que “têm a cozinha com um trabalho excelente na comunidade, atendendo a mais de 100 pessoas com alimentação”.
A coordenadora do movimento, Rakeline dos Santos, explica que foi a primeira moradora do Marielle Franco, chegou na ocupação em 2020 e ajuda as famílias na cozinha, com alimentação, e na busca de recursos.
“A cozinha solidária veio para somar. Há famílias hoje que fazem a única refeição aqui. Iniciamos com a demanda de 100 marmitas por dia de segunda a sexta, para moradores da ocupação. Devido à grande demanda, vimos a necessidade de aumentar o número de marmitas para 130”, explicou.
A comunidade também frisa que há crianças com transtorno do espectro autista (TEA), que possuem laudo médico e necessitam de assistência, além de idosos e cadeirantes.
Sofia, de 10 anos, possui paralisia cerebral e recebe cuidados diários realizados pela sua mãe, Chaiane da Conceição, que não trabalha por ter dedicação exclusiva à filha. No momento a única renda vem do Benefício de Prestação Continuada (BPC -Loas). Chaiane destaca a necessidade de uma cadeira de rodas para a criança ir à escola.
“Preciso muito de uma cadeira de rodas, porque é o sonho dela ir para escola. Precisamos de fraldas, leite, alimentação pastosa e remédios”.
A gratidão é o sentimento das pessoas do local, por serem contempladas com o programa de moradias, explica Rakeline: “No momento, o que estamos sentindo é gratidão por termos chegado aqui. Já tivemos dias de aflição. Com a vinda do nosso governador, ninguém nos tira daqui. Agora só temos que aguardar a construção das nossas casas”.
A assistência social realizou o levantamento das famílias que necessitam de doações de fraldas e outros itens básicos, além de atender às pessoas que estão com alguma pendência no auxílio Bolsa Família e de assistência à saúde.