Asfaltamento da BR-364

Construtoras reafirmam prazos para conclusão das obras. Meta é de que ligação de Sena a Feijó esteja completa em 2009 com acabamento final até março de 2010

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BR 364 se transforma num canteiro de obras (Foto Sergio Vale/ Secom)

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Obras de arte corrente estarão totalmente prontas até o final do ano ( Foto Sergio Vale / Secom)

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O trânsito está facilitado em todo o trecho desde Sena Madureira até Feijó (Foto Sergio Vale / Secom)

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Centenas de máquinas estão neste momento fazendo o trabalho de terraplanagem (Foto Sérgio Vale / Secom)

As empreiteiras responsáveis pelo asfaltamento do trecho da BR-364 entre Sena Madureira e Feijó  (Camter, JM, Fidens, Construmil  e Etam) afirmaram esta semana que o cronograma de obras está dentro do planejado e que a grande parte da terraplanagem e perto de 100% das obras de arte correntes serão executados até o fim do ano, no começo do inverno. A Construtora Cidade constrói as pontes no trecho de sete quilômetros do acesso da BR-364 até a cidade de Manoel Urbano.

De seu lado, o governo federal assegurou rigor nas datas de repasse das parcelas da verba de mais de R$500 milhões que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)  destinou ao asfaltamento dos cerca de 230 quilômetros que separam Sena e Feijó. A conclusão da BR-364 é uma das prioridades do PAC.

Os canteiros estão sendo implantados com a perspectiva de funcionarem por dois anos, até março de 2010, prazo contratual para entrega de todo o trecho completamente asfaltado. Muitas empresas anunciam que seus trechos estarão prontos já em 2009, ficando para o ano seguinte o chamado pente-fino, pequenos detalhes que ficam faltando ao longo do serviço.

Há vários obstáculos, os quais estão sendo superados a partir de técnicas geradas no Acre.  A Fidens detectou que em 70% de seu trecho, de pouco mais de 35 quilômetros, há presença de solo expansivo, a popular tabatinga. No trecho entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul, concluído há mais de um ano, desenvolve-se a técnica do envelopamento, que aproveita a própria  tabatinga na recomposição do solo. “A tabatinga será usada no corpo do aterro”, informou Ricardo Felício Moura, engenheiro da Construmil e responsável pelo trecho entre Feijó e o rio Jurupari. 

Em geral, esse solo mole é completamente removido. Para isso, são escavados buracos que chegam a cinco metros de profundidade, ao mesmo tempo em que largos e compridos.  O envelopamento foi aperfeiçoado no Acre pelo engenheiro Salvador Almeida, método que ajudou em muito o processo de asfaltamento da BR-364 entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul. A tabatinga é um barro pobre e perecível. Salvador criou um sistema para aproveitar o solo do tipo montemoreronita passando a usá-la na fundação de terraplagem, uma espécie de base para assentamento de outros solos. A técnica consiste na compactação em grau que impermeabilize a tabatinga. Em seguida, é ´envelopada´ em outros solos e o reforço está pronto.

Cada trecho é uma realidade. Entre a região do rio Jurupari  e a fazenda do Sudam, trecho de responsabilidade da Etam, já foram realizados limpeza e desmate em 18 quilômetros. “Desses, seis quilômetros já têm corte e aterro”, garantiu o engenheiro Alexandre Cabral, coordenador da obra pela Etam.

No trecho da Construmil, três das cinco pontes serão protendidas, sistema pelo qual cabos de aço são esticados dentro das vigas de sustentação. O responsável pelas pontes, Luiz Antônio,  trabalhou no trecho entre Tarauacá e Cruzeiro e atualmente dedica-se à construção da ponte sobre o rio Massipira, obra de 120 metros  que demanda o serviço de 60 homens. Um acampamento com capacidade para 300 homens está sendo construído às margens do Massipira.

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O fluxo de veículos pequenos e grandes aumentou muito (Foto Sérgio Vale / Secom)

  O fluxo de veículos e passageiros na BR 364 é  maior nestes primeiros dias de reabertura do tráfego que no mesmo período do ano passado, segundo o posto de pesagem e fiscalização da Sefaz e do Deracre em Sena Madureira. Milhares de pessoas e centenas de carros já percorreram o trecho entre Sena e Cruzeiro do Sul desde a abertura da estrada, no dia 25 de junho passado.

Chuvas isoladas têm impedido a continuação da viagem por algumas horas mas as empresas mantém patrulhas para ajudar os motoristas.  Para manter a rodovia em condições adequadas pelo maior espaço de tempo, o Deracre estabeleceu limites para o transporte de carga no trecho Sena Madureira/Feijó, que é  de quatro toneladas para caminhão ¾, seis toneladas para caminhão toco (um eixo), oito para caminhões de dois eixos.

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Motoristas devem ter atenção ao grande movimento de máquinas na rodovia (Foto Sérgio Vale /Secom)

O Deracre  mantém o alerta  motoristas e usuário da  BR 364 para que redobrem sua atenção e centenas de operários e máquinas leves e pesadas estão trabalhando inclusive durante a noite.  Esse movimento intenso requer atenção dos motoristas e demais usuários.  Por determinação do Deracre, as empresas terão de ampliar a sinalização não apenas nos trechos onde há maior frente de serviço como também em todo o trecho entre Sena e Feijó.  “Sinalização é muito importante”, disse Salvador Almeida, que atua no trecho.  

 

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Rogério: constância da obra o torna qualificado para o serviço (Foto Sérgio Vale / Secom)

Cerca de 80% da mão-de-obra não especializada é local, contratada nas cidades próximas ou recrutada entre moradores vizinhos aos acampamentos. E pelo menos 40% dos trabalhadores especializados já são acreanos.  Nas primeiras frentes, quando se deu o início do asfaltamento do trecho entre Tarauacá e Cruzeiro, esse percentual era muito menor.  “As pessoas que se interessam vão se especializando, aprendendo profissões aqui mesmo na empresa”, observou Ricardo Felício, da Construmil.

 

É o caso de Rogério, que trabalhou para a JM como auxiliar de pedreiro  no trecho entre o igarapé Santa Fé e Tauari, já concluído, e agora, dois anos depois, implanta bueiras no trecho entre Manoel Urbano e Sena.  {/xtypo_rounded2} 

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