A última jornada

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Colono trafega pela BR 364 na região da Reserva do Mogno, em Tarauacá, trecho asfaltado (Foto: Sérgio Vale)

Na leveza da  parábola  das comunidades de Feijó e Tarauacá, o verão só chega quando a embaúba entorta a fruta. Enquanto isso não acontece, o trânsito na BR 364, no trecho entre Sena Madureira e Feijó,  estará complicado neste período de intensas chuvas. Mas é por pouco tempo. Em 2007 o Governo realizou a última cerimônia de reabertura da rodovia porque a partir deste ano haverá frente de obras em todo o trecho desde Sena a Feijó.

A patir do próximo ano o processo de reabertura será em menor proporção. E em 2010, o tragego será permanente.

A Agência de Notícias do Acre está percorrendo a estrada desde Cruzeiro do Sul para registrar o que mudou na vida das pessoas com a chegada do asfalto e o que mudará para os moradores que aguardam o asfaltamento da rodovia. Para muitos, um sinal de redenção:  Cenas como a do homem da fotografia, um colono que levava em sua bicicleta a recém-comprada roçadeira, trafegando pelo asfaltado que chegou no ano passado é um das imagens que  agora serão também mais comuns no trecho entre Sena e Feijó, onde atualmente só se pode percorrer, no inverno, a pé ou em lombo de animal.

As obras estão a todo vapor e em breve o trânsito estará completamente liberado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (Deracre). O trecho até Manoel Urbano está pronto.

O Deracre  começa em breve a construir pontes sobre os rios Envira e Tarauacá, encerrando o tempo de travessia através de balsas. A expectativa é que até 2010 Rio Branco e Cruzeiro do Sul estejam ligados por asfalto. Os tempos difíceis, o isolamento, o sofrimento estão em sua última jornada na BR 364.

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