Arraial da Gameleira revive o clima interiorano das festas juninas

Rasta Chinelo foi o grupo de quadrilha que se apresentou na terça (Foto: Angela Peres/Secom)
Rasta Chinelo foi o grupo de quadrilha que se apresentou na terça (Foto: Angela Peres/Secom)

Quem visitar o Arraial Cultural de Rio Branco, que depois de dez anos voltou a ser realizado na Gameleira, vai sentir um clima especial desde o local escolhido para o evento. As fachadas coloridas do casario antigo, as grandes árvores ladeando a via e o largo iluminado com postes antigos à margem do Rio Acre compõem o cenário interiorano da festa.

(Foto: Márcia Moreira/Secom)
Thaynara: “Eu gosto das coreografias” (Foto: Márcia Moreira/Secom)

Charme adicional está por conta da tradição artesanal, bastante valorizada na decoração e ambientação. Materiais plásticos e sintéticos foram substituídos por bandeirinhas coloridas de pano, estandartes em chita e fitas de cetim.

Vários bonecos de Olinda em trajes juninos estão espalhados pela locação. “Há algum tempo trouxemos, de Pernambuco, um mestre que transmitiu a arte para os acreanos, e agora vamos acrescentando outros a cada evento”, explica Romualdo Freitas, coordenador-geral do evento e também bonequeiro, que produziu os novos bonecos em parceria com o artista-plástico Darci Seles.

Homens da perna de pau passeiam pela festa, conversando com o público e posando para selfies. E, como a fé e a superstição fazem parte desse cabedal cultural brasileiro, há oratórios de santos pendurados aqui e ali, especialmente na Barraca das Tradições, onde estão “agentes” de tendas de correio elegante e “consultores” nas mesas de fazer simpatias.

O Baque do Acre mantém a tradição musical dos seringais (Foto: Angela Peres/Secom)
O grupo Baque do Acre mantém a tradição musical dos seringais (Foto: Angela Peres/Secom)

Dois palcos abrigam as manifestações artísticas: o Saudades do Seringal, com música regional e apresentações diárias de sanfoneiros, e a Arena dos Folguedos, com exibição das quadrilhas juninas e outros espetáculos.

A menina Thaynara Maia, de 8 anos, acompanhou atenta o espetáculo da grupo junino Rasta Chinelo, do Bujari: “Eu gosto das coreografias e até participo de um grupo de dança, o Sambase”.

No Terreiro dos Quitutes, apenas comida tradicional dos arraiais acreanos – e sem frituras. Mas há também a área da gastronomia livre, com as barracas de Economia Solidária, organizada pela Secretaria de Pequenos Negócios.

O Arraial Cultural, promovido pela Fundação Elias Mansour com apoio da Prefeitura de Rio Branco, vai até domingo, 10, sempre a partir das 18 horas.

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