Programa visa facilitar o acesso à leitura em comunidades isoladas
Um espaço para conhecer o mundo. Assim podem ser definidos os pontos de leitura denominados Arca das Letras. Através da leitura crianças e adultos que moram na zona rural têm a oportunidade de conhecer várias histórias. As Arcas são distribuídas nas comunidades e possibilitam a complementação do processo educacional em localidades isoladas.
Nesta manhã mais 10 pontos de culturas foram entregues em Senador Guiomard. As atividades de capacitação dos agentes facilitadores e de instalação das Arcas começam na próxima semana.
Arcas das Letras é um programa do Governo Federal em parceria com os governos estaduais e sindicatos rurais, criado em 2003 para facilitar o acesso ao livro e incentivar a leitura em assentamentos da reforma agrária, em comunidades de agricultura familiar, ribeirinhos e colônias de pescadores.
No Acre o projeto começou a ser desenvolvido no ano passado e já foram instalados 100 pontos de leitura no Alto Acre, Purus e Juruá. A meta é disponibilizar 300 Arcas nas comunidades mais isoladas com a proposta de ampliar o acesso aos livros.
De acordo com a representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, órgão federal responsável pelo projeto, Fátima Duque, antes de serem identificados os locais de instalação dos pontos de leitura Arca das Letras, foram mapeadas as comunidades do Território da Cidadania e das Zonas de Atendimento Prioritário.
As bibliotecas móveis são instaladas nas casas ou associações comunitárias. O acervo inicial é de 220 livros entre clássicos infantis, literatura, didáticos e técnicos. Duas pessoas das comunidades são escolhidas para atuar como facilitadores, além de promover ações para ampliar o acervo, estimular o hábito de ler.
“Essa é uma oportunidade para que os alunos da zona rural possam adquirir mais conhecimentos”, destacou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, José Apolônio. O presidente da Fundação Elias Mansour, Daniel Zen, enfatizou durante a solenidade de lançamento do projeto em Senador Guiomard que a leitura é vetor de conhecimento, e consequentemente da liberdade. “A leitura deve estar presente no cotidiano das pessoas, como forma de socializar a cultura e os conhecimentos”.
No próximo dia 16 as comunidades de Plácido de Castro também passam a integrar o programa a partir da instalação de mais pontos de cultura.
