Alunos do Quero Ler no Belo Jardim comemoram o Dia Mundial da Alfabetização

Mais de 50 pessoas se reúnem em três turmas na Paróquia São Mateus, no Belo Jardim (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Mais de 50 pessoas se reúnem em três turmas na Paróquia São Mateus, no Belo Jardim (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A última visita do governador Tião Viana a uma turma do programa Quero Ler na noite desta quinta-feira, 8, foi mais especial por representar uma importante data: o Dia Mundial da Alfabetização.

Na Paróquia São Mateus, no bairro Belo Jardim, em Rio Branco, três turmas do programa que deseja erradicar o analfabetismo no Acre até 2018 se reúnem, num montante de quase 50 pessoas, a grande maioria acima de 30 anos.

O Quero Ler é um programa criado pelo governador Tião Viana em seu segundo mandato com objetivo de atender cerca de 60 mil pessoas fora da idade escolar que não aprenderam a ler e escrever. Este ano, o programa já atinge sete mil pessoas e a expectativa é chegar a 14 mil em todo o estado até dezembro, com um investimento superior a R$ 20 milhões.

“O sentido desse programa é de dar liberdade às pessoas. E eu sei que todos vocês chegam ao final do dia cansados do trabalho, das lutas da vida, mas a única coisa que eu peço é que não desistam, porque todo mundo luta e todo mundo é capaz de superar seus desafios”, disse o governador.

"Com a professora aqui, eu já sei assinar meu nome direitinho e ler um pouquinho, já entendo muita coisa", conta Raimunda do Carmo (Foto: Sérgio Vale/Secom)
“Com a professora aqui, eu já sei assinar meu nome direitinho e ler um pouquinho, já entendo muita coisa”, conta Raimunda do Carmo (Foto: Sérgio Vale/Secom)

As turmas do Belo Jardim são apenas algumas das mais de 340 que existem só em Rio Branco. Raimunda Ferreira do Carmo, de 76 anos, foi quem conversou com o padre da Paróquia para que as turmas de alfabetização pudessem estudar no espaço. Ao conseguir o lugar, a senhora, mãe de oito filhos, é hoje uma das alunas mais dedicadas.

“Eu me sinto feliz aqui, porque eu fui criada no seringal, não sabia nem escrever meu nome. Tinha aquela vergonha. Hoje em dia não. Com a professora aqui, eu já sei assinar meu nome direitinho e ler um pouquinho, já entendo muita coisa. Tinha falado com o padre e ele deixou a gente ficar aqui. Agradeço não só por mim, mas por todos”, conta.

Uma das professoras da turma, Maria Luciana, está se formando este ano em Pedagogia. No desafio diário de ensinar adultos a ler e escrever, ela não esconde a satisfação pessoal. “Pra mim está sendo muito gratificante, porque eu já trabalhei com ensino infantil e trabalhar com jovens e adultos tem sido maravilhoso por ver a mudança que tem acontecido com eles”.

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