Aluno, instrutor, parceiro. Uma trajetória de sucesso

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Em 1980 Francisco José da Silva Loureiro entrou como aluno no Serviço Nacional de Aprendizagem (Senai) com o objetivo de concluir o ensino médio em dois anos e, de quebra, aprender uma profissão. Sua primeira opção não era o curso de marcenaria e carpintaria, que mais tarde se revelou sua grande paixão. A madeira e o aprendizado levaram o segundo melhor aluno da turma à condição de instrutor alguns anos mais tarde, posição que abandonou para se tornar parceiro da instituição, e não mais professor.

 

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Em 1990 Jota deixou de ser aluno e virou instrutor. Hoje é empresário do setor moveleiro (Foto: Sérgio Vale/Secom)

 

Um ano após o início das aulas de marcenaria Jota já estagiava numa das maiores empresas do setor em Rio Branco, onde acabou sendo contratado por sua dedicação. Em 1990 Jota deixa de ser aluno e vira instrutor.

"Fui instrutor por um ano e sai da instituição para virar parceiro. Comprei uma tupia, uma plaina e uma desempenadeira, arranjei um galpão de 30m2 e dois ajudantes. Com poucos recursos montei uma marcenaria", disse o empreendedor.

O negócio cresceu, foi comprado um lote maior, novas máquinas, contratados novos funcionários. Mudamos em maio de 2006 para o Pólo Moveleiro, num terreno de 1,2 mil m2 e área construída de 600 m2, um empreendimento construído com o auxílio de um financiamento do Banco da Amazônia. Hoje a Jota Móveis trabalha com 10 mil m2 de madeira por mês, a média das grandes empresas moveleiras acreanas.

O aluno do Senai, que virou instrutor e se afastou para ser parceiro da instituição alçou vôo também no campo sindical. Jota se tornou presidente do Sindicato da Indústria de Móveis do Acre (Sindmóveis) – hoje está no quarto mandato – participando de várias lutas importantes na área, como a legalização das madeireiras e o pólo moveleiro. O empresário também tem cadeira na Federação das Indústrias do Estado do Acre.

"Por ter passado por todo processo de aprendizado junto ao Senai comecei a trabalhar junto à categoria a importância de utilizar mão-de-obra formada pela instituição, pois isso elimina em grande parte do risco de acidentes".

A meta da Jota Móveis hoje é entrar no mercado internacional até 2010. Para isso o empresário já participou de rodadas internacionais de negócios para dar início aos contatos com possíveis clientes.

"Hoje estou nesta profissão porque sou apaixonado por ela, me sinto realizado em executar essas peças que a gente coloca no mercado a cada dia e isso me motiva. A indústria moveleira tem que ser ambientalmente responsável sob a pena de ser extinta. É preciso cuidar do meio ambiente para que tenhamos como sobreviver dele por muitos e muitos anos. E isso é possível", destacou.

 

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