Alckmin propõe institucionalização da Inteligência entre estados e União

Durante o 1º Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança Pública e Controle das Fronteiras, o chefe do Executivo de São Paulo, Geraldo Alckmin propôs a integração entre as informações de Inteligência da União e os entes federados.

“Crime transnacional e interestadual exige uma união de esforços de todos […] A minha sugestão é institucionalizar a Agência de Inteligência [Abin] e incorporar [o seu trabalho] aos sistemas dos Estados, especialmente voltada ao tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro. Vamos institucionalizar com os órgãos federais, que estão fazendo um grande trabalho”, ponderou Alckmin.

Alckmin disse ser a favor das audiências de custódia em todo o país (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O governador paulista fez coro aos demais governadores do país ao afirmar que o sistema precisa ser reformulado.

“Nós temos um modelo, arcabouço de segurança totalmente superado. Ele não dá respostas frente à gravidade do problema do sistema, nós temos que repensar. Repensar todos juntos, união estados e municípios. Somar este esforço para repensar esse modelo”, disse.

Audiências de custódias

Alckmin disse ser a favor das audiências de custódia no Brasil e afirmou que elas precisam ser analisadas pelo Congresso Nacional.

“A audiência de custódia evita prisão desnecessária. Podemos regulamentar essa lei para evitar, estabelecendo limites para a mesma. E a minha sugestão ao Poder Judiciário é a criação de varas especializadas, com juízes “sem rosto”, para termos respostas ainda mais rápidas buscando soluções”, destacou.

Fronteiras brasileiras

Por fim, o governador de São Paulo destacou a necessidade de o governo federal olhar de maneira diferenciada para as fronteiras.

“Falta um olhar do governo federal. Claro que não é um trabalho fácil, pois são fronteiras muito extensas. O Brasil é um país com dimensões continentais. E só tem uma maneira de fazer esse combate: unindo esforços, inteligência, informação e tecnologia para poder enfrentar essa chaga que é a questão do tráfico de drogas e de armas”, concluiu.

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