“Agora é uma luta permanente”, afirma Tião Viana em entrevista

Segundo o governador Tião Viana, a ANA prevê mais dois meses de dificuldades ambientais na região (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Segundo o governador Tião Viana, a ANA prevê mais dois meses de dificuldades ambientais na região (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Acre, nesta quinta-feira, 13, o governador Tião Viana pôde falar um pouco à população sobre temas delicados durante o grave momento que o Acre passa perante a cheia do Rio Madeira, que isolou o estado por via terrestre do restante do Brasil.

A situação da enchente em Rio Branco, que já desabrigou mais de mil famílias só na capital, também esteve em pauta. Entre os temas abordados foram discutidos a questão do abastecimento de alimentos e combustíveis, mudanças nos preços, haitianos e a relação comercial com o governo federal e o Peru.

“Estamos nos antecipando a cada momento para não termos uma situação de tragédia.”

Tião Viana

Combustíveis – Tião Viana lembrou que Rio Branco possui 53 postos de gasolina e que nesse momento cerca de 30 estão funcionando. O número não é maior porque apenas a BR Distribuidora tem se esforçado para manter o estado abastecido. Shell e Ipiranga não têm mais mantido o ritmo de abastecimento.

Preços – O governador ressaltou que o governo tem tido uma relação cordial e de respeito com quase todos os atacadistas do estado nesse período, mas alguns comerciantes infelizmente têm aproveitado a situação na hora de repassar o valor final ao consumidor. Ainda assim, ele lembrou que certos produtos têm passado por mudanças de valor em todo o país, principalmente os hortifrúti.

Haitianos – Os haitianos voltam a ser uma preocupação, pois, com o fechamento da BR-364, eles não têm mais como sair do Acre por via terrestre. Atualmente mais de duas mil pessoas já estão alojadas no acampamento improvisado em Brasileia, e o número só aumenta com a chegada diária de até 50 imigrantes. O governador disse que o Estado tem se esforçado com a questão, mas está pressionando o governo federal por uma ação definitiva: “Eu tenho alertado o governo federal toda semana que o Acre não pode pagar esse preço sozinho”.

Apoio nacional – Tião Viana revelou que a situação não é tão simples e a Agência Nacional das Águas informa que, mesmo após as chuvas, a região ainda terá dois meses de dificuldades pela frente. “Estamos nos antecipando a cada momento para não termos uma situação de tragédia”, reforça o governador. A presidente Dilma tem mantido contado com Tião e garantido total apoio do governo federal.

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