Militares de plantão paralisaram atividades devido à greve e Infraero precisou suspender pousos e decolagens no aeroporto da capital, inclusive de possíveis emergências
Caso alguma aeronave que transporte paciente em situação de emergência precisasse pousar na manhã deste sábado, 14, no aeroporto de Rio Branco, haveria um sério risco do paciente ter que retornar para sua cidade de origem. Todos os pousos e decolagens foram suspensos pela Infraero. A interrupção dos serviços aconteceu logo após militares do Corpo de Bombeiros, que prestavam serviço no posto de emergência, terem obedecido a uma orientação de paralisação, comandada pelo deputado Major Rocha. Sem a presença dos militares, as aeronaves ficaram proibidas inclusive de realizar abastecimento.
“Os bombeiros prestam um serviço essencial no aeroporto. Caso seja necessário o pouso de alguma aeronave em caráter de urgência, seja por causa de algum paciente doente, ou por algum problema técnico, são eles que fazem a orientação e o combate a possíveis incêndios. Se qualquer situação dessas vir a acontecer sem a presença deles os passageiros correm risco de vida”, afirmou o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Pires.
Assim como quando fecharam a Avenida Brasil no centro da cidade em manifestação no ano passado, os militares colocaram mais uma vez em xeque o direito de ir e vir dos cidadãos. Durante boa parte da manhã deste sábado, os serviços do aeroporto de Rio Branco foram suspensos. Acionado, o Comando do Corpo de Bombeiros precisou tomar as providências para garantir a permanência dos militares e a retomada dos voos na capital acreana. A situação só voltou ao normal pouco antes das 10 horas da manhã, mas o clima ainda é de insegurança diante da radicalização dos militares.