Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 7, na Casa Civil, representantes do Governo do Estado, da superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de entidades privadas e municipais, iniciaram os preparativos para a reunião do Bloco 1 dos estados que irão se tornar livres da febre aftosa sem vacinação.
O quarto encontro dos representantes do Bloco 1 – formado por Acre, Rondônia e parte do Amazonas – será realizado em Rio Branco, dia 21 de novembro, para discutir os avanços firmados até então e desafios ainda a serem superados, para a retirada da vacina obrigatória para bovinos e a adoção de medidas sanitárias para o controle da doença.
Vacinando seu gado há 20 anos ininterruptos, com duas campanhas por ano, o Acre é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal, como zona livre de aftosa com vacinação há 14 anos, em virtude dos resultados exitosos de suas políticas de defesa e inspeção animal. A expectativa é que a campanha iniciada no dia 1 de novembro seja a última no estado.
O grupo gestor estadual do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA) tratou do andamento do plano estratégico e a preparação para a auditoria que será realizada pelo Mapa em 2020.
A necessidade de parceria com a iniciativa privada também foi um ponto importante. O Acre possui cerca de 3,3 milhões de cabeças de gado, com um patrimônio pecuário avaliado em R$ 4 bilhões. O setor é o terceiro que mais movimenta economicamente o PIB do estado, com cerca de R$ 1 bilhão anualmente.
Com o maior beneficiado sendo o produtor, a contrapartida também tem que ser dada pela iniciativa privada, que deverá ser mais atenta ao rebanho e contar com o apoio de instituições como a Federação dos Trabalhadores Rurais do Acre (Fetacre), o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (Fundepec) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), que tem realizado uma série de palestras em todos os municípios para levantar a atenção sobre os recuidados com a retirada da vacinação.
Enquanto isso, o governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) prepara investimentos e ações para dar suporte à certificação, entre a necessidade de contratar mais veterinários e adquirir equipamentos e veículos.