Acre registra diminuição dos casos de hanseníase

Na semana mundial de combate à doença, Morhan inaugura nova sede na Vila Albert Sampaio, neste sábado

Na Semana Mundial de Combate à Hanseníase, o vice-coordenador do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase no Acre (Morhan-AC), José Gomes, adverte que o diagnóstico precoce e o trabalho de orientação são as principais maneiras de combate à doença.

“Nos últimos anos, o número de casos está diminuindo, mas o trabalho de prevenção é muito importante”, destacou. Ele conta ainda que representantes do movimento têm percorrido alguns municípios do interior para fazer palestras de esclarecimentos sobre as doenças, orientando para que as pessoas com alguns sintomas procurem a rede básica de atenção à saúde. O mesmo trabalho já é realizado na capital.

De acordo com a hansenóloga Leia Borges Carneiro, os primeiros sintomas da doença são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas e regiões adormecidas. A médica destaca ainda que o número de casos de hanseníase no Acre segue a tendência nacional de queda. No Estado foram registrados 543 casos em 2006 e em 2007 esse número foi reduzido em 50%, chegando a 278 casos. A incidência é de 1,92 para cada 10 mil habitantes.

Os dados nacionais apontam que o número de novos casos de hanseníase caiu 23% entre 2003 e 2007. Em 2003 foram notificadas 51.941. Já em 2007, houve 40.126 diagnósticos positivos. Para potencializar as ações contra a hanseníase, o Ministério da Saúde lança a cartilha “Como Ajudar no Controle da Hanseníase”. O material é destinado aos Agentes Comunitários de Saúde.

No Acre, a programação será encerrada com a inauguração da nova sede do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase no Estado. O evento acontece a partir das 10h30, na Vila Albert Sampaio, no quilômetro 12 da BR-364. Na nova sede os pacientes poderão receber as pensões e pagar contas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1985 o mundo tinha 15 milhões de portadores e em 2008 esse número caiu para 200 mil. Causada pelo Mycobacterium leprae, a hanseníase é infectocontagiosa e tem evolução prolongada. A doença ataca pele, olhos e nervos e tem como característica principal o comprometimento dos nervos periféricos – que ligam o sistema nervoso central a diversos órgãos. Em casos graves, de evolução da doença pode acarretar deformidades que provocam transtornos ao paciente como a diminuição da capacidade de trabalho, a limitação da vida social e problemas psicológicos.

O tratamento é oferecido gratuitamente em todos os postos de saúde e tem duração de seis ou 12 meses – dependendo do caso. A partir da primeira dose do medicamento, já é possível matar 90% dos bacilos, evitando, dessa maneira, a transmissão.

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