Todos os anos, no dia 18 de agosto, é celebrado o Dia Nacional do Campo Limpo. A data é uma oportunidade para conscientizar e envolver a sociedade em atividades sobre a conservação do meio ambiente, por meio da devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.
No Acre, o dia não passou em branco. O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) escolheu Sena Madureira para receber as atividades nesta quinta-feira.
A primeira ação foi a realização de mais uma coleta itinerante de embalagens vazias de agrotóxicos.
Estrategicamente posicionada na entrada da cidade, a tenda do instituto recebeu centenas de embalagens dos produtores rurais que fizeram uso dos defensivos agrícolas na agricultura e nas pastagens para a criação de gado.
Por causa da possibilidade de riscos à saúde da população, é proibida a reutilização das embalagens vazias para qualquer outro fim, e sua devolução é uma obrigação legal.
José Alves, morador do quilômetro 12 da BR-364, fez a entrega das embalagens usadas em sua propriedade rural. “Durante muito tempo, por falta de conhecimento, a gente usava esses frascos para alimentar os animais e outras coisas. Agora sei que é muito perigoso para a saúde e devolvo as embalagens”, afirma.
Conscientização nas escolas
Uma estratégia usada pelo Idaf para conscientizar os produtores sobre a forma correta do uso dos agrotóxicos e da necessidade de devolução das embalagens é levar a mensagem para dentro da casa do homem do campo.
Para isso, nada melhor do que usar como emissários os filhos de produtores rurais. Foi o que ocorreu na escola Laurita Alves, que fica a 16 quilômetros de Sena Madureira.
A instituição tem 120 alunos na faixa etária de 6 a 18 anos. Todos são filhos de agricultores e alguns já ajudam os pais no trabalho rural.
Técnicos do instituto ministraram palestras sobre o uso de equipamentos e todos os cuidados necessários para o uso dos agrotóxicos.
O recado foi compreendido. Raíssa da Silva tem apenas 8 anos, mas já sabe o que vai dizer em casa. “Agora eu vou falar para o meu pai que tem que usar uma roupa especial e tem que devolver a embalagem”, afirma.
Para Ronaldo Queiróz, diretor-presidente do Idaf, esse tipo de ação entre os mais jovens é muito importante. “Nada surte mais efeito do que a educação. Nosso objetivo é de que esses estudantes sejam multiplicadores, para que tenhamos mais qualidade nos alimentos que chegam à nossa mesa.”