Produção de pescado no Acre deve chegar a 17 mil toneladas este ano

Em menos de quatro anos a produção de pescado em cativeiro saltou de 4.100 toneladas para 14 mil toneladas no Acre. Os dados são do Ministério da Pesca e Aquicultura, cujo último levantamento, no ano de 2013, anunciou que a previsão de produção no Estado para 2014 é de mais de 17 mil toneladas.

A previsão de produção no Estado para 2014 é de mais de 17 mil toneladas (Foto: Gleilson Miranda/ Secom)
A previsão de produção no Estado para 2014 é de mais de 17 mil toneladas (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Uma parceria público-privada instituída no início de 2011 implantou o Complexo de Piscicultura do Acre, que reúne pequenos, médios e grandes criadores de peixes, investidores e o governo do Estado em uma ofensiva para tornar o Acre o maior criador e exportador de peixes de cativeiro da Amazônia.

Para dimensionar o alcance socioeconômico dessa iniciativa, basta percorrer propriedades rurais de todas as regiões do Estado e conferir as inúmeras obras de abertura de tanques escavados para piscicultura. Segundo o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Mamed Dankar, já foram escavados quatro mil tanques.

Paralelamente à abertura dos tanques escavados, a Seaprof, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), oferece curso de manejo de 40 horas/aula com três eixos distintos: a construção dos tanques, o manejo da qualidade da água e o manejo alimentar e nutricional dos peixes.

O Acre se qualificou como a porta brasileira de acesso ao mercado asiático e andino por meio da abertura da Estrada do Pacífico ou Interoceânica (Carretera Interoceánica Sur), que corta o Brasil e o Peru.

Com aproximadamente 2.600 km de extensão internacional, a rodovia – totalmente pavimentada – liga Rio Branco, a capital acreana, aos portos de Ilo e Matarani, no Peru, no litoral do Pacífico. Também a partir de Rio Branco, outras rodovias, no lado brasileiro, dão acesso aos mercados do Centro-Oeste, sudeste e aos portos do Atlântico.

Com unidades de cultivo em todo o Estado e de processamento em Rio Branco e Cruzeiro do Sul (cerca de 700 km a oeste da capital), a estrutura de cultivo de peixes utilizará a estrada para escoar a sua produção para o mercado internacional.

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