Acre iniciará pesquisa para diagnóstico precoce de doenças em recém-nascidos

Pesquisadores falam da importância da pesquisa na detecção precoce de doenças em recém-nascidos (Foto: Val Fernandes/Secom)
Pesquisadores falam da importância da pesquisa na detecção precoce de doenças em recém-nascidos (Foto: Val Fernandes/Secom)

Sabendo da importância de se identificar doenças de forma precoce em crianças recém-nascidas como mutação ligada à predisposição a um câncer pediátrico, tumor de córtex adrenal, e diagnosticar imunodeficiências primárias, o governo do Estado, por meio da secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), firmou parceria, em junho deste ano, com o Complexo Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná.

Pesquisadores da instituição estiveram reunidos na noite desta segunda-feira, 22, com a vice-governadora Nazareth Araújo para conversar sobre as análises genéticas que serão feitas no Acre e que fazem parte do projeto “150 Mil Chances de Vida”, realizado pela unidade do Complexo Pequeno Príncipe com o apoio do Hospital Pequeno Príncipe, da Faculdades Pequeno Príncipe e de organizações parceiras nos Estados envolvidos.

Para Carolina Prando, médica e pesquisadora do Instituto Pelé Pequeno Príncipe, a parceria vai render bons frutos para a instituição e para o estado do Acre. Segundo ela, é a oportunidade de ajudar bebês com doenças que não possuem sintomas ao nascimento, mas vão se desenvolvendo e interferindo na qualidade de vida dessas crianças e de suas famílias.

“Fazer o diagnóstico precoce vai ajudar para que seja feito um monitoramento para que as medidas de intervenção e garantia da saúde dessas crianças e suas famílias sejam mantidas.  Nossa expectativa é que sejam feitos testes entre 11 e 15 mil crianças em 12 cidades do Acre”, disse Carolina.

Acre aceitou participar da pesquisa

Telma Alves de Oliveira, assessora da diretoria do Complexo Pequeno Príncipe, destacou que o Acre foi um dos estados escolhidos porque respondeu com disposição e rapidez a ideia de que a pesquisa fosse realizada no estado.

“Acredito que da parte do Acre foi a velocidade e o acolhimento que nos trouxe aqui. Da nossa parte, o interesse de pesquisar outros estados, além da região Sul, aonde já desenvolvemos a nossa pesquisa. O mais importante nesse momento é a oportunidade conhecer e investigar esse universo das crianças que nascem no Acre”, frisou Telma Alves.

Para a vice-governadora, Nazareth Araújo, com a parceria ganham as famílias que irão poder ter seus filhos com uma doença identificada precocemente, com uma abordagem adequada. “A pesquisa ilumina a realidade, abre caminhos, dá segurança na atuação visando o fortalecimento das políticas públicas. Será uma boa aliança do governo do Acre com o Complexo Pequeno Príncipe”, destacou.

Benefícios à saúde

O Completo Pequeno Príncipe também traz ao Acre o projeto de Aplicação de Instrumento de Avaliação Psicológica em Gestantes (último trimestre de gestação), que objetiva identificar níveis de ansiedade e depressão em período gestacional, contribuindo com o projeto de predisposição ao Tumor de Córtex Adrenal (influenciando a abordagem de uma notícia de resultado positivo da mutação que predispõe ao câncer) e com informações sobre as condições emocionais de gestantes.

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