Acre é um dos estados brasileiros que menos desmata, diz pesquisa

O estado mantém mais de 80% de sua floresta nativa, combatendo o desmatamento ilegal (Foto: Pedro Devani/Secom)
O estado mantém mais de 80% de sua floresta nativa, combatendo o
desmatamento ilegal (Foto: Pedro Devani/Secom)

Em coletiva à imprensa, na manhã desta sexta-feira, 27, representantes dos órgãos ambientais do Estado divulgaram dados das taxas de desmatamento na Amazônia, em que o Acre apresenta uma redução de 10%.

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do Prodes, o sistema que monitora a Amazônia desde 1998.

Os números apresentados são referentes ao período de julho de 2014 a agosto de 2015. O Acre aparece entre os quatro estados que apresentaram redução do desmatamento ilegal.

O secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, aponta as principais ações de governo que resultaram nessa conquista.

Gestores apontaram os principais motivos da redução do desmatamento no Acre (Foto: Arison Jardim/Secom)
Gestores apontaram os principais motivos da redução do desmatamento no Acre (Foto: Arison Jardim/Secom)

“Esse dado valida o modelo de política de desenvolvimento sustentável implementado pelo governo do Estado. As ações de comando, controle e produção sustentável garantem a conservação das florestas, uso de recursos naturais e o reaproveitamento das áreas abertas”, disse.

O mesmo relatório apontou aumentos significativos em outras regiões da Amazônia. Amazonas (54%), Mato Grosso (41%) e Rondônia (40%) foram o estados que mais desmataram no mesmo período.

Para o superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Diogo Selhorst, a integração entre o poder público fez a diferença no resultado.

“Comparando com os demais estados da Amazônia, o Acre foi um dos poucos em que houve redução. A união dos esforços entre o estado e os órgãos federais fortaleceu a frente de combate ao desmatamento”, ressaltou.

Pioneiros na conservação

Um dos destaques feito pelos gestores foi a parceria com o banco almeão KfW, que viabilizou a criação e realização do projeto Redd for Early Movers (REM – pioneiros na conservação de floresta). Aliado ao Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa), o projeto tem potencializado as políticas públicas de apoio aos pequenos produtores e populações tradicionais, a fim de garantir que eles continuem exercendo suas atividades e conservando a floresta.

“A gente também comemora o entendimento da população que nos ajuda e já compreendeu que, mantendo a floresta de pé, terá mais qualidade de vida e geração de renda garantida, além de viabilizar a compensação por esses serviços”, explicou a diretora-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas, Magaly Medeiros.

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