Acre é premiado por assistência técnica em comunidade indígena

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Produção excedente é comercializada para garantir renda aos indígenas (Foto: Arquivo Secom)

O trabalho de assistência técnica e extensão rural indígena realizado pelo governo do Estado foi premiado durante a realização do Seminário Nacional de Boas Práticas de Assistência Técnica e Extensão Rural, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e ocorrido em Brasília, no início deste mês.

A premiação foi concedida em razão dos investimentos realizados pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre (Emater), ao longo dos últimos cinco anos na Terra Indígena Kaxinawá Nova Olinda.

Distante dois dias de barco da cidade de Feijó, a comunidade possui cinco aldeias com cerca de 500 índios. Os indígenas contam com uma produção agrícola variada que permite a segurança alimentar dos moradores da aldeia e a obtenção de renda com a produção excedente.

Dinah Borges, chefe da extensão indígena da Seaprof, recebeu prêmio em Brasília (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Dinah Borges, chefe da extensão indígena da Seaprof, recebeu o prêmio em Brasília (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

Na região já foram construídas três casas para a fabricação de farinha, que é adquirida pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A comunidade também cultiva diversas frutas, mel, manejo do pirarucu e extração do látex.

A terra indígena é modelo de produção para outras comunidades, segundo Dinah Borges, que recebeu o prêmio em Brasília e é chefe da extensão indígena na Seaprof.

“Um dos fatores responsáveis pelo sucesso na Nova Olinda é a organização comunitária. Um dos diferenciais que chamou a atenção da organização do prêmio foi que todas as decisões de investimentos na produção sāo decididas em conjunto com os índios”, destaca.

Prêmio fortalece organização das mulheres e capacitação de jovens da comunidade

O prêmio também revela outras ações de sucesso na Terra Indígena Nova Olinda em Feijó. Uma delas é o fortalecimento da organização das mulheres da comunidade. Elas são responsáveis por atividades importantes para as aldeias, como o cultivo dos roçados e a venda de artesanato, o que garante uma renda extra.

Outro importante passo para a consolidação das políticas produtivas na aldeia é a capacitação de jovens da própria comunidade. “Os agentes agroflorestais são os jovens da aldeia que conhecem a realidade e que contribuem para a segurança alimentar de todos os indígenas Huni Kuin dessa região”, afirma Dinah.

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