Acre é destaque em painel sobre Mercados de Ativos Florestais no Amazônia in Loco

Com a mediação da Superintendente da Sudam, Louise Caroline Campos, o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Acre (CDSA), José Gondim, fez uma apresentação no Amazônia in Loco, em Belém, muito elogiada pelos participantes.

Presidente da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Acre (CDSA), José Gondim, fez uma apresentação no Amazônia in Loco Foto: Daniela Botelho/Cedida.

O pioneirismo do Acre na sistematização e regulação dos ativos ambientais serviu de modelo para outros estados, segundo o advogado Ludovino Lopes, especialista no assunto. José Gondim descreveu todo o processo que está viabilizando o comércio de captura de carbono das florestas acreanas.

“Governador Gladson Cameli junto com o secretário da Fazenda Rômulo Grandidier remodelaram a CDSA para negociar crédito de carbono. Isso facilitou para provarmos cientificamente as reduções de emissões e diminuição do desmatamento no estado” disse ele.

Apresentação contou com a mediação da Superintendente da Sudam, Louise Caroline Campos Foto: Daniela Botelho/Cedida.

Gondim destacou ainda o potencial dos ativos ambientais para alavancar o desenvolvimento econômico e social do Acre.

“O ativo ambiental é uma janela de oportunidades para o desenvolvimento do Acre. Entidades internacionais financiam políticas que precisam ser mais entendidas para minorar a degradação florestal ao mesmo tempo que geram recursos a serem aplicados na agricultura e pecuária de baixo carbono”, ponderou.

Esse processo, segundo o presidente da CDSA, promove a inclusão social de povos tradicionais da floresta e preserva grandes áreas de biodiversidade.

“É importante criar vínculos para atividades sustentáveis em escala competitiva de mercado. O ativo do crédito de carbono é fundamental para investimentos em outras áreas para reduzir a pressão sobre a floresta o que permite a preservação de grandes áreas”, salientou.

Desenvolvimento includente da Amazônia

Por sua vez, a superintendente da Sudam, Louise Caroline destacou o protagonismo da Amazônia no novo momento econômico do planeta.

O objetivo da Sudam é promover o desenvolvimento includente da Amazônia Legal que representa 60% do território nacional. É preciso criar alternativas para gerar novas perspectivas para 28 milhões de pessoas que vivem na região, sempre considerando a sustentabilidade e a preservação ambiental. Nesse sentido, a Sudam tem investido em incentivos fiscais para pequenos produtores e planejamento regional”, afirmou Louise.

Ludovino Lopes, advogado especialista em mudanças climáticas e ativos ambientais, revelou que é possível trabalhar integradamente a produção agrícola e pecuária com a preservação da floresta.

“É uma nova maneira de pensar o planeta economicamente. Anteriormente a conservação de áreas não eram consideradas áreas produtivas, mas na nova economia a captura de carbono, a água, a polinização e a preservação do solo são fundamentais para o desenvolvimento sustentável”, refletiu o advogado.

Ludovino indagou que se Amazônia tem grandes recursos de biodiversidade como isso pode trazer retorno financeiro à sua população?

“É aí que entram os ativos ambientais na forma do extrativismo, serviço de produção de água, fabricação de cosméticos fármacos, entre outras atividades de baixas emissões. Tudo que pudermos fazer para reduzir a temperatura do planeta entra como ativo ambiental”, explicou.

 

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