Acre celebra 57 anos de emancipação

Comemorações relembram batalhas do único Estado que lutou para se tornar brasileiro

O Acre é o único Estado do país, que segundo alguns historiadores, travou conflitos armados para se tornar brasileiro. Antes, a região pertencia à Bolívia. Depois,  passou a ser Território Federal do Acre, e somente em 1962, após batalhas entre seringueiros e bolivianos, a região foi anexada ao Brasil, passando então à categoria de Estado.

A elevação à categoria de Estado se deu no dia 15 de junho de 1962, por meio da Lei 4.070,  assinada pelo então presidente da República João Goulart. E neste sábado (15), o Acre Estado celebra, com grande festa, 57 anos de emancipação. As celebrações relembram as batalhas do território nortista que lutou para ser um dos 26 estados da federação brasileira.

As festividades iniciaram às 10 horas no Cine Teatro Recreio, com a exibição do documentário ‘Território Federal do Acre – 1949’. A película, em preto e branco, traça um panorama da realidade da época, desde a formação e construção histórica das cidades acreanas às atividades econômicas desenvolvidas na década de 40.

Logo em seguida, a programação contou com o “Documentário do Exército Brasileiro – 4º BIS’. A produção mostra a atuação da Tropa na região amazônica, com recorte especial para a proteção das fronteiras e suas ações sociais.

Os documentários relembram as batalhas do território nortista que lutou para ser um dos 26 estados da federação (Foto: Marcos Vicenttti)

Às 11 horas foi exibido o documentário ” Revolução Acreana’. A produção audiovisual conta a história da conquista do Acre, com detalhes marcantes dos conflitos regionais e das personalidades envolvidas em torno da produção extrativista da borracha, principal atividade econômica da época.

A obra, que tem duração de 30 minutos, mostra ainda os conflitos armados , a Guerra entre os seringueiros, que habitavam a região na época, e o exército boliviano, e que após o Tratado de Petrópolis, culminou com a anexação do Acre ao Brasil.

“Hoje é um dia de celebração, mas foi um caminho árduo, traçado  por homens pioneiros que superaram as adversidades em um ambiente hostil. E esses documentários levam o telespectador a uma viagem por essa história de luta, de  migração para os rios amazônicos, levados pelo sonho da borracha, para sermos o que somos hoje”,  destaca o historiador Aldemir Costa, que prestigiou a programação.

As atividades da manhã encerraram na Praça da Gameleira, local onde será realizado o restante da programação. No período da tarde, as atividades começarão às 16h30, com solenidade pelos 57 anos do Estado e a troca de bandeiras. Logo em seguida, haverá  apresentações de quadrilhas juninas e apresentações artísticas. O encerramento das comemorações está marcado para às 22 horas.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter