Ação “Plantando Árvores no Rio Acre” sensibiliza produtores

Barco com mudas e sementes, para a ação “Plantando Árvores no Rio Acre” (Foto: Assessoria Sema)

Barco com mudas e sementes para a ação “Plantando Árvores no Rio Acre” (Foto: Assessoria Sema)

Um barco com mais de 30 mil mudas e sementes nativas saiu do porto da Cadeia Velha, em Rio Branco, na manhã desta terça-feira, dia 26, com um propósito desafiador: visitar os produtores rurais que vivem às margens do Rio Acre com o objetivo de cadastrá-los no Programa de Conservação e Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares. Aos já cadastrados, a embarcação ofereceu, além das mudas de açaí, graviola, cupuaçu e mogno, entre outras, o suporte técnico e logístico que já vem caracterizando o programa ao longo de seus três anos de criação. 

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre (Sema), responsável pela iniciativa, também convidou para a ação o diretor de Pesquisa Aplicada e professor de Engenharia Florestal do Ifac (Instituto Federal do Acre), Charles Rovedo, visando a elaboração de futuras ações conjuntas. “Nosso objetivo é agregar as ações de pesquisa do Ifac ao trabalho de recuperação do Rio Acre iniciado pela Sema”, confirmou Charles. “Estamos criando a possibilidade de direcionar estudantes e estagiários do Ifac para ações conjuntas com o corpo técnico da secretaria, incrementando o trabalho de campo já realizado com os produtores.” O Programa conta ainda com o apoio técnico da Sedens, do Imac e da Seaprof, com recursos do WWF e do Fundo Amazônia.

Para o Secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, a ideia da ação “Plantando Árvores no Rio Acre” é continuar ajudando os produtores a recuperarem suas áreas desmatadas e degradadas, oferecendo a oportunidade de aderirem ao programa, que, por sua vez, vai lhes trazer uma série de benefícios: “As vantagens vão desde os insumos [mudas, sementes, cercas e suporte técnico] à priorização no Cadastro Ambiental Rural, o CAR. Através do CAR, os proprietários de imóveis rurais poderão garantir a segurança jurídica de suas propriedades, indispensável a investimentos, linhas oficiais de crédito e programas governamentais de incentivo à produção”.

Ribeirinhos recebendo as mudas; posteriormente, receberão as orientações e assessoria técnica necessárias ao plantio (Foto: Assessoria Sema)

Ribeirinhos recebendo as mudas. Depois terão orientações e assessoria técnica necessárias ao plantio (Foto: Assessoria Sema)

O ribeirinho Irismar Correa, do sítio da colônia São Miguel, já conservava as margens de sua propriedade mesmo sem ter conhecimento do programa. Ao saber por vizinhos das ações realizadas pela Sema, solicitou uma remessa de mudas de espécies nativas e frutíferas para dar continuidade ao seu trabalho. Recebeu a encomenda das mãos do secretário Edegard de Deus e, ainda surpreso, comentou: “Eu não deixo desmatar para poder preservar minha propriedade e porque planto muito do meu alimento aqui, senhor secretário. O rio tem sido muito degradado, há anos venho observando que sem a mata nas margens não dá para segurar os barrancos, ainda mais com a ação de tantas dragas retirando muita areia. Se eu não plantar nesse barranco, amanhã já não tem mais nada”, concluiu.

Nessa primeira ação foram visitadas cinco propriedades ao longo do dia, mas o objetivo é estender a distribuição de mudas – aliada com assessoria e insumos – por toda a extensão da bacia do Rio Acre, que atualmente possui mais de mil hectares degradados de matas ciliares.

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