Começou desde o último dia 6 e vai até 15 de maio o evento Abril no Acre Indígena, realizado pela Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), em parceria com o governo do Estado e diversas entidades de apoio à causa. Será uma série de encontros de membros das populações tradicionais do estado com a população em geral, principalmente estudantes.
De viés educacional, a maior parte do evento será caracterizada por rodas de conversa com professores indígenas e estudantes do ensino médio da rede pública, no Centro de Formação dos Povos da Floresta.
O território acreano é composto por 15 etnias indígenas e outras três não contatadas – os chamados “índios isolados”. Só o governo do Estado investiu, nos últimos anos, mais de R$ 50 milhões em políticas públicas voltadas aos povos indígenas.
Abraço entre os povos
Segundo o coordenador do evento, Billy Fequis, o objetivo do Abril no Acre Indígena é realmente de causar um entendimento na população sobre como é a vida dos povos indígenas.
“É saber como eles vivem com um contato maior, um diálogo, entender as aldeias, a cultura, a culinária, os rituais. E a gente está tentando alcançar os alunos porque tem aquele maior poder de compartilhamento”, explica.
A programação do evento também trará palestras de lideranças indígenas na Universidade Federal do Acre (Ufac), participação no Acampamento Terra Livre, reunião de lideranças com instituições de direitos humanos, lançamento do Jornal Yuimaki e outros eventos.
Lucas Machineri, que dará a palestra “Direitos Indígenas – Convenção 169” na Ufac, destaca ainda: “Os indígenas já têm sua autonomia e visão própria de conduzir sua organização social. E hoje esse evento vem mais para divulgar o que são os índios”.