Nível de emprego na construção civil volta a subir

Tendência de queda verificada desde outubro do ano passado começa a se reverter

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Pacote de obras do Governo do Estado em todo o Acre garante otimismo para o setor da construção civil (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Uma boa notícia para a economia acreana. A pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) para avaliar o setor produtivo nos meses de fevereiro e março apontou que o nível de emprego na construção civil teve um incremento de 1,43%. Isso depois de vir em uma sequência de decréscimos desde outubro do ano passado, quando começou o período chuvoso, o chamado "inverno amazônico".

No mês de março, foram detectados 2.847 empregos na amostra pesquisada, quantidade levemente superior ao quantitativo encontrado em fevereiro (2.807), que também já dava sinais de crescimento. "O nível de emprego na construção civil, encontrado em março, parece confirmar que a tendência de queda verificada desde outubro foi revertida. Agora, com o início do verão, a expectativa é de que o emprego nesse importante setor volte a crescer", afirmou João Francisco Salomão, presidente da Fieac.

Cesta básica de materiais de construção – O custo do conjunto de materiais que compõem a cesta básica da construção civil em Rio Branco permaneceu praticamente o mesmo em relação a fevereiro – R$ 902,03 em março, contra R$ 900,06 em fevereiro. A diferença positiva de um mês para o outro foi de R$ 1,97.

Vendas industriais – Outro dado verificado pela sondagem foi que o faturamento real da indústria de transformação recuou 7,38% em fevereiro de 2009, na comparação com o mês anterior. Para isso, segundo o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), responsável pela pesquisa em parceria com o Centro de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas da Ufac, é preciso considerar alguns elementos como variáveis explicativas para o fato.

Primeiro que os agentes econômicos (consumidores e empresários) estão sendo bombardeados com notícias alarmantes sobre a crise mundial, o que influencia negativamente nas decisões sobre compras e investimentos. Outro fator é que o volume de obras da construção civil foi reduzido com o início das chuvas e ainda não recuperou o volume verificado no meio do ano de 2008. Logo, isso impacta na indústria de transformação devido à redução das compras de insumos como tijolo, areia e madeira.

Também se deve considerar que o mês de fevereiro possui uma quantidade de dias úteis menor. Em 2009 foram 18, sem contar com a quarta-feira de cinzas. "Além disso, empresas exportadoras da amostra apresentaram redução considerável nas vendas em fevereiro. Nesse caso específico, a crise financeira mundial é a principal responsável", comentou Salomão.

Emprego e capacidade instalada – Já o comportamento dos empregos relativos à indústria de transformação acompanhou o desempenho das vendas. Em fevereiro, o pessoal empregado sofreu redução de 5,06% em comparação a janeiro. No entanto, a utilização da capacidade instalada desse mesmo setor apresentou variação levemente positiva, com incremento de 0,33% em fevereiro, comparado com o mês anterior.

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