A Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) promoveu um encontro de conscientização para mulheres transexuais e travestis de Rio Branco nesta sexta-feira, 20, na sede da pasta. Na oportunidade, foram abordadas questões como bem-estar, cuidados e saúde. Além dos métodos de prevenção, também foi realizada a entrega de kits de saúde da mulher e materiais informativos.
O evento contou com a palestra “Você sabe a diferença entre PREP E PEP?”, ministrada pelo coordenador do Núcleo Estadual de Infecção Sexualmente Transmissível e Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Hepatites Virais e Sífilis da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), Jozadaque da Silva Beserra.
O diálogo com as mulheres foi promovido para oportunizar o conhecimento de ferramentas e mecanismos que promovem a prevenção às ISTs, gerando o autocuidado e preservando a saúde física e o bem-estar emocional, além da oportunidade de tirar dúvidas sobre os fluxos de atendimento municipais e estaduais específicos desse público e sobre serviços e atendimentos.
“É importante ter empatia, respeito e cuidar de todas as pessoas. Também é preciso se cuidar, estar aberta para cuidar da sua saúde física e mental. Hoje, as mulheres trans têm apoio e podem procurar os métodos contraceptivos, informações, realizar testes rápidos, enfim, buscar sua segurança”, destacou o palestrante.
“Nessa conversa, nós tentamos passar a diferença entre PREP [Profilaxia Pré-Exposição] e PEP [Profilaxia Pós-Exposição]. A Semulher tem esse compromisso em promover espaços de acolhimento e informação, onde cada mulher possa se sentir cuidada e informada. Esse momento fortalece a luta por uma sociedade mais inclusiva e equitativa”, disse a chefe do Departamento de Fortalecimento Institucional, Ações Temáticas e Participação Política da Semulher, Alicia Rosemaire Flores.
A principal diferença entre a PrEP e a PEP é o momento em que os medicamentos são tomados: a PrEP é tomada antes da exposição ao HIV, enquanto a PEP é tomada após.
Luar Maria Fernandes, responsável pela Divisão de Diversidade de Orientação Sexual e Identidade de Gênero da Semulher, explicou como a iniciativa foi fomentada.
“Identificamos por meio dos pit stops noturnos, que é uma ação da Secretaria da Mulher em que levamos informações e kits de saúde para mulheres cis e trans em situação de prostituição, que elas, por estarem em vulnerabilidade social, não tinham conhecimento e informações sobre a prevenção combinada e os métodos de autocuidado. Então, no primeiro momento nós fomos e levamos os kits e os materiais informativos. A partir desse movimento, passamos a identificar essas questões, entramos em contato com a Secretaria de Saúde e fizemos essa parceria para promover essa palestra. Isso ajuda tanto no dia a dia dessa mulher, como também a diminuir os riscos de saúde, por meio da prevenção”, salientou.
“A importância de rodas de conversa e palestras como essas é fazer um trabalho de educação para que as pessoas saibam e tomem conhecimento dos seus direitos e das políticas e de como conseguir ter acesso. É um trabalho muito importante para prevenção e promoção da saúde das mulheres”, disse a conselheira de políticas públicas do Conselho Estadual de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos das Pessoas LGBT+, Aisha Padilha.