Uma jornada pela cidadania além das fronteiras urbanas

A trajetória da Polícia Civil do Acre na emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) é mais do que um simples serviço burocrático, representa um passo significativo na construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária. Ao longo deste ano, o governo do Acre, em parceria com o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), tem desempenhado um papel crucial ao levar a emissão da CIN para além das fronteiras urbanas, atingindo comunidades que, historicamente, ficaram à margem desses serviços. O ano de 2023 foi marcante para esse tipo de serviço, com a entrega de mais de 100 mil cédulas da CIN em todo o estado.

O Projeto Cidadão, que é coordenado pelo TJAC, emerge como uma resposta inovadora para enfrentar os desafios de acesso de comunidades ribeirinhas, indígenas e rurais. Em um esforço conjunto, essas instituições têm se mobilizado para superar barreiras geográficas e garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua localização, tenham acesso à documentação essencial para o pleno exercício de seus direitos.

O Acre se destaca nacionalmente ao ser um dos primeiros estados a implementar a CIN. Essa iniciativa não é apenas uma modernização do sistema de identificação, mas também um reconhecimento da importância vital dessa documentação para a cidadania.

Vivemos em uma era em que a posse de um documento de identidade não é apenas uma formalidade, mas a chave para o acesso a uma gama diversificada de direitos e oportunidades.

A carteira de identidade nacional, lançada em 2022 pelo governo federal, vai além de uma simples substituição da antiga identidade. Sua versatilidade, com versões física e digital, aliada a elementos de segurança avançados, como QR code e código internacional, representa uma revolução na forma como nos identificamos. A expectativa do governo, ao adotar essa medida, é não apenas garantir a autenticidade dos documentos, mas também combater fraudes e oferecer maior praticidade aos cidadãos.

Em um contexto mais amplo, a iniciativa do governo do Acre não é de apenas emitir cartões de identificação, é sobre empoderar comunidades, muitas das quais nunca tiveram acesso a esses serviços essenciais. A cidadania não pode ser plenamente realizada se uma parte significativa da população permanecer à margem dos processos sociais e econômicos.

Ao ampliar os serviços da CIN para além dos limites urbanos, o Acre está pavimentando o caminho para uma sociedade mais justa e inclusiva. Abrir uma conta bancária, obter emprego formal ou votar são ações que muitas vezes consideramos corriqueiras, mas para aqueles que estão em comunidades remotas, essas atividades tornam-se desafios significativos.

Neste contexto, a emissão da CIN se torna um ato transformador, uma ponte para o acesso a oportunidades antes inatingíveis. Cada CIN emitida representa um passo em direção à quebra de barreiras e à garantia de que nenhum cidadão seja deixado para trás.

Em suma, a jornada da Polícia Civil do Acre na emissão da CIN é mais do que uma iniciativa administrativa, é um compromisso com a igualdade, inclusão e o pleno exercício da cidadania para todos. Estamos testemunhando uma transformação que vai além dos documentos. É a construção de pontes entre as comunidades e os serviços essenciais, promovendo, assim, uma sociedade verdadeiramente unificada em sua diversidade.

Marcelo Torres é formado em Comunicação Social/ Jornalismo e técnico em Web Designer. Atua como assessor de imprensa por mais de 11 anos, passando por diversas pastas do governo e, atualmente, na Assessoria de Comunicação da Polícia Civil

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