Reeducandos farão exame nacional para certificação de competências

O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa (Encceja PPL) 2023 está sendo realizado em todo Brasil, entre os dias dias 17 e 18 de outubro. No Acre, 1.105 detentos participam do exame, possibilita aos reeducandos comprovação de escolaridade para nível fundamental e médio.

O primeiro dia de provas é destinado aos alunos que buscam certificação do ensino fundamental. O segundo dia é destinado aos alunos que buscam certificação do ensino médio.

A professora Nadja Veruska Lustosa, que aplicou as provas e também é uma das profissionais responsáveis pelas turmas nos presídios, falou sobre as expectativas que tem sobre os alunos. “A nossa expectativa é a melhor possível. As pessoas, às vezes, têm uma ideia de que os reeducandos do sistema não são produtivos, mas eles são extremamente inteligentes e produtivos”, destacou.

Detento durante a realização das provas do Encceja PPL 2023. Foto: Clébson Vale

O detento L.L.S, de 25 anos, realizou o exame na terça-feira, 17. Ele falou sobre a oportunidade que está recebendo de poder estudar: “Eu fico feliz por poder voltar para a sala de aula, independente do lugar. Eu quero agradecer também aos professores pelo respeito, pelas matérias, e a expectativa é quando sair daqui poder continuar, terminar os estudos e trabalhar ou fazer uma faculdade”.

No último ano, 762 detentos foram inscritos no exame. Neste ano houve um aumento de cerca de 45% no número de inscrições: 1.105 .

Margarete da Frota Santos, chefe da Divisão de Educação Prisional do Instituto Penitenciário do Acre (Iapen), falou sobre o sucesso do Encceja PPL neste ano.

“Foi um aumento muito positivo. Espera-se que o saldo desta ação seja que novos sujeitos tenham reconhecimento formal de habilidades e competências adquiridas ao longo da vida reconhecidas formalmente com a certificação de um nível de ensino, o que certamente contribuirá para que os aprovados tenham maior possibilidade de reinserção produtiva ao retornar ao convívio social”, afirmou.

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