Acre e Mato Grosso discutem desafios e melhorias para o fortalecimento do setor florestal madeireiro na Amazônia

Representantes e empresários do setor florestal madeireiro dos estados do Acre e do Mato Grosso estiverem reunidos na manhã desta quinta-feira, 31, na Federação das Indústrias do Acre (Fieac), para dialogar sobre os desafios e melhorias para o fortalecimento do setor na Amazônia.

O evento recebeu empresários de Acrelândia, Sena Madureira, Feijó, Porto Acre e Rio Branco, gestores do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force).

Pelo Acre, estiveram presentes os representantes do Sindicato das Indústrias de Madeiras do Acre (Sindusmad/AC), da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e da Secretaria de Planejamento do Acre (Seplan).

As discussões para o fortalecimento do setor madeireiro seguem durante toda esta quinta-feira, 31, na Fieac. Foto: Karolini Oliveira/Secom

O secretário executivo da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF), Carlos Aragon, explicou que o objetivo da discussão é explorar o que está acontecendo e o que pode ser feito para dinamizar o setor florestal na região. “Há uma responsabilidade de todos os atores-chave da Amazônia em apresentar resultados e trabalhar em prol de solucionar os desafios na busca da sustentabilidade”.

Segundo Aragon, o fomento à bioeconomia precisa ser visto como opção necessária para conseguir equilibrar o tripé de desenvolvimento econômico, social e de conservação ambiental. “Precisamos analisar o que podemos fazer para que se constitua um dos pilares de uma economia que trabalha em prol da manutenção da floresta em pé”, afirmou.

Os desafios e as melhorias para o setor madeireiro são pautas discutidas no intercâmbio. Foto: Karolini Oliveira/Secom

Com o diálogo, o secretário executivo da GCF espera apresentar um modelo de desenvolvimento adequado à região, em 2025, na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém (PA).

Intercâmbio Acre e Mato Grosso

A superintendente de Desenvolvimento do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado do Mato Grosso (Cipem), Bárbara Ibanez, explicou a atuação do centro e a importância do diálogo entre os gestores e empresários do Acre.

“Buscamos analisar as semelhanças e diferenças entre os dois estados, em questões de sistema e licenciamento, e os principais desafios para auxiliar na busca por uma política pública na gestão florestal que atenda de forma representativa em ambos os estados”, destacou.

A superintendente de Desenvolvimento do Cipem, Bárbara Ibanez, veio ao Acre para dialogar sobre o setor. Foto: Karolini Oliveira/Secom

O fortalecimento do estado no setor produtivo madeireiro com qualidade e responsabilidade é uma das prioridades do governo estadual, de acordo com o coordenador técnico da Semapi, Quelyson Souza. Segundo ele, o intercâmbio com o Mato Grosso (MT) possibilita a troca de experiências e soluções para o setor.

“O Mato Grosso tem a política do setor florestal trabalhada e consolidada há mais tempo. Então, existem atividades e situações que eles já superaram e para nós é muito importante verificar se as alternativas encontradas podem ser reaplicadas aqui”, explicou.

Apresentaram-se no evento os representantes da GCF, Sindusmad, Semapi, Imac e Seplan. Foto: Karolini Oliveira/Secom

Para o presidente do Sindusmad/AC, Thyago Barlatti, o diálogo “é fundamental para alinhar as políticas públicas com os empresários”. Segundo o empresário, as empresas do setor madeireiro sempre estão em busca de atuar dentro da legalidade e alcançar “melhorias para o setor”.

Após o evento, um documento será elaborado com indicações de melhorias tanto para o governo estadual como para o setor madeireiro.

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