O governo do Acre, por meio de equipe da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), reuniu-se nesta quarta-feira, 23, em Brasília, com representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e Organização Mundial da Saúde (OMS), para tratar sobre uma parceria em prol de pacientes acometidos pela doença de Jorge Lobo.
Participaram do encontro a titular da Sesacre, Paula Mariano; a representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Galiano; o coordenador da Unidade Técnica de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde, Miguel Aragón; a coordenadora da Rede de Urgência e Emergência do Acre, Marília Carvalho; e a assessora técnica da Sesacre, Isla Sales.
Recebida pelos representantes das organizações mundiais, a secretária Paula Mariano falou sobre a importância do diagnóstico e tratamento da doença de Jorge Lobo: “O nosso objetivo principal é garantir que as pessoas acometidas tenham o atendimento adequado. Para isso, estamos em busca de parcerias, também para que seja uma doença de notificação compulsória, o que possibilita intervenções mais amplas”.
A patologia é uma doença tropical, uma micose crônica com maior ocorrência em regiões de floresta densa, quente e úmida, como a região amazônica. Foi estudada pelo médico e pesquisador irlandês William Wood, radicado no Acre há mais de 40 anos, cuja investigação durou quatro anos e apresentou como produto final a utilização de uma medicação que ajuda no tratamento da doença.
Segundo as pesquisas de Wood, o tratamento é baseado principalmente num remédio para tratar a hanseníase, o PQT, que, junto com um remédio contra fungos, itraconazol, foi capaz de eliminar ou diminuir drasticamente a doença em quase todos os 80 casos tratados durante a pesquisa.