No coração da floresta amazônica, o Acre é um dos estados brasileiros que mais conservou a sua cobertura vegetal. Por esse motivo, o acesso a algumas comunidades e municípios se dá apenas por via fluvial ou terrestre, o que torna a locomoção de pessoas para hospitais de urgência e emergência na capital, Rio Branco, mais demorada e arriscada.
O governo do Acre, com o objetivo de prestar auxílio a essas comunidades e municípios mais distantes da capital acreana, por meio das aeronaves e profissionais do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) faz o transporte de pacientes e usuários do sistema público de saúde que necessitam de atendimento urgente.
Na manhã da última segunda-feira, 14, o helicóptero Harpia 03, fez o transporte aéreo de um enfermo do Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia, para o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
O paciente removido foi vítima de um corte com arma branca e foi transferido ao Hospital de Brasileia para os primeiros atendimentos e, posteriormente, foi encaminhado ao Huerb para passar por um procedimento cirúrgico.
O coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Pedro Pascoal, explica que o Centro Integrado de Operações Aéreas é um importante parceiro do Samu no transporte e auxílio de enfermos que necessitam de transporte rápido. “Nós consideramos o Ciopaer como um braço da nossa unidade. A equipe presta apoio, é amiga. Na pandemia foi fundamental no transporte de pacientes graves intubados de Brasileia para Rio Branco, pessoas que corriam risco se viessem por via terrestre, pois uma viagem que duraria mais de três horas dura 40 minutos de helicóptero”, conta.
A viagem de ida e volta dura em torno de 80 minutos, e foi concluída após o Harpia 03 pousar no heliporto do Huerb. A ação é importante para que o paciente seja removido de uma unidade a outra o mais rápido possível, para evitar complicações.
“Fazemos esse trabalho integrado com o Samu desde o início do Ciopaer. Nós transportamos uma equipe com médicos e enfermeiros para fazer esse resgate. Atendemos com helicóptero os lugares mais isolados e de difícil acesso, onde tem pista de pouso também fazemos o transporte com avião. A viagem que durou cerca de 40 minutos é importante para o rápido atendimento da população”, concluiu o coronel Carlos Negreiros, comandante da aeronave.