Localizado na região central de Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, o Centro Socioeducativo Juruá se tornou modelo para o estado no tratamento de adolescentes que vivem em conflito com a lei.
Durante os três anos iniciais da gestão de Gladson Cameli, o centro fez história reduzindo em quase 80% o número de jovens internados, como mostra estudo interno. Em 2019, início do atual governo, eram 97 internações, caindo para 20 no início de 2022, último ano da gestão de Cameli. Uma marca bastante comemorada, que é reflexo dos significativos investimentos da gestão estadual e das estratégias criadas pela administração local.
Nesse cenário, o processo de ressocialização se tornou experiência única aos jovens que vivem a expectativa de reconstrução de sonhos após a reinserção social. A unidade aponta um caminho viável para isso: a reeducação do menor infrator.
O presidente do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), coronel Mário Cesar Souza de Freitas, destaca a importância do apoio da administração estadual para o desenvolvimento e sucesso de iniciativas que intercedem de maneira positiva no episódio de exclusão vivenciada pelos jovens e asseguram seus direitos de forma acolhedora.
“O governo tem um olhar especial para o sistema socioeducativo. Inúmeros investimentos em infraestrutura e aquisição de equipamentos dão condições salubres de serviços aos profissionais. Por isso, surgem condições de se desenvolver trabalhos humanizados, como é o caso da unidade do Juruá, que se tornou exemplo no estado e vem operando profundas mudanças no comportamento dos adolescentes”, ratificou o gestor.
O interno A.S, de 17 anos, é uma das testemunhas dos avanços e conquistas do centro nos últimos anos. Ele corrobora a ideia de que, ali, a reeducação é conduzida levando em consideração o contexto social e as experiências de vida do menor infrator.
“São ensinamentos que me ajudaram a entender que ainda tenho valor e que farão a diferença na minha vida. Por isso, só tenho de agradecer. Saindo daqui, quero esquecer o passado e repassar o aprendido para dentro da minha casa ou para onde eu for”, relatou o adolescente.
Investimentos do governo no ISE Juruá
Por determinação do governador Gladson Cameli, o centro recebeu, por meio da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), novos uniformes para os jovens, sala de informática e ampliação de espaço para 12 vagas com alojamentos, além da troca total da cobertura.
Destaque para o mais recente investimento do Poder Executivo estadual, que soma R$ 257,4 mil na aquisição de mil colchões, que foram distribuídos entre as oito unidades do estado. Desses, 34 vêm melhorando a comodidade dos internos locais.
São iniciativas que apontam a eficácia de políticas que reduziram expressivamente o número de internações e reincidências na região.
Projetos implantados no ISE Juruá
A outra significativa contribuição para o sucesso das medidas socioeducativas do ISE Juruá vem de projetos implantados no ambiente, que o deixaram mais produtivo e acolhedor.
Com a meta de fazer da música um instrumento de restauração de sonhos, a Fundação Elias Mansur (FEM) retomou, em 2021, as atividades do projeto Som da Liberdade, que haviam sido interrompidas em decorrência da pandemia.
Além dos conhecimentos básicos em anatomia do violão, primeiros acordes, nomes das cordas e sua aplicabilidade, as aulas, que foram ministradas por três professores cedidos pela FEM, ensinaram valores, princípios e noções de disciplina para uma vida digna em sociedade. A ação é vista como caminho para despertar nos jovens talentos desconhecidos.
Mas o carro-chefe das conquistas é o projeto Plantando Sonhos. A iniciativa ensinou aos adolescentes o cultivo de hortaliças para capacitá-los profissionalmente e propiciar o fortalecimento dos laços familiares. O apoio à ação, que é de autoria de Angenor Sobrinho, diretor local do ISE, é uma prova de que o governo Cameli prioriza vidas e projeta na juventude ideais que possibilitarão ao Estado colher frutos valorosos no amanhã.
A aulas teóricas e práticas foram aplicadas para uma turma com dez internos, o que lhes permitiu acesso a conhecimentos sobre cultivo protegido e sua importância no agronegócio; de construção, manejo e preparo das leiras; dos diversos tipos de espaçamento de plantas e da importância dos equipamentos de proteção individual (EPIs).
Com a colheita das hortaliças, são enriquecidas as refeições oferecidas no centro, realizadas doações e também é comercializada parte da produção, o que gera retorno financeiro à unidade.
O gestor do centro celebra as conquistas e externa sua gratidão à gestão do Estado e à equipe de colaboradores. “O meu desejo é de somente agradecer aos nossos gestores por criar condições para que façamos o melhor trabalho. São conquistas que fortalecem o sistema, criando uma nova realidade que melhora o desempenho das atividades socioeducativas”, declarou Angenor Sobrinho.