O governo do Estado, a Prefeitura de Rio Branco e o Ministério Público do Acre (MPAC) uniram forças para fiscalizar e conter o crescente número de queimadas ilegais no perímetro urbano e rural de Rio Branco. Na tarde da sexta-feira, 20, foi feito o lançamento oficial da Operação Fogo Zero, que conta com esforços dos órgãos de comando e controle, fiscalização e repressão.
A Operação Fogo Zero é comandada pelas equipes do Corpo de Bombeiros (CBMAC), Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (BPA/PMAC), Defesa Civil e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco (Semeia), em parceria com o Instituto de Meio Ambiente (Imac), Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Políticas Indígenas (Semapi) e do Ministério Público Estadual do Acre (MPAC).
O lançamento da Operação Fogo Zero foi realizado em frente à sede do Corpo de Bombeiros, de onde uma força-tarefa seguiu para reforçar o trabalho das equipes que já atuavam para conter um incêndio nos arredores numa Área de Preservação Ambiental (APA) situada no Distrito Industrial, que por pouco não atingiu a sede do galpão da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis de Rio Branco (Catar).
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros no Acre, coronel Carlos Batista, destacou a importância da ação para intensificar o trabalho de fiscalização e conter novas ocorrências de ilícitos ambientais.
“O Corpo de Bombeiro não tem como atender todas as ocorrências. Nesse sentido é muito importante que a população denuncie aqueles que realizam a queima ilegal através do 190. Estamos chegando no mês de setembro, que tem aumento de registro, especialmente na primeira quinzena do mês. Estamos fazendo uma grande força-tarefa com instituições dos níveis de governo: federal, estadual e municipal para fazer tanto o trabalho de combate aos incêndios florestais, como também a parte educativa e de fiscalização”.
O coordenador Municipal da Defesa Civil, major Cláudio Falcão, destacou que ao longo da atividade conjunta serão intensificadas as ações de fiscalização para identificar e penalizar àqueles que cometem crime ambiental.
“A equipe inicia a operação nos arredores do projeto Catar, onde houve um incêndio. Lá iremos realizar também a medição da área para que possamos avaliar o estrago ambiental. A operação continua, e o foco é responsabilizar pessoas que insistem neste tipo de prática. Temos acompanhado que a qualidade do ar tem piorado devido aumento de poluentes, e consequentemente a morte de animais, vegetação e o prejuízo à saúde humana”.
O gerente de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), Welberlúcio D’Ávila, destacou a importância da sociedade para conter o aumento das queimadas e ressaltou que os órgãos atuarão com rigor para apurar os casos de queimadas ilegais.
“Estamos atuando para fiscalizar e trabalhar a parte da conscientização para que se a população evite aquele fogo em fundo de quintal, que nossos tios e pais fazem culturalmente. Nosso foco também será para coibir queimadas urbanas. As pessoas precisam atentar que estão praticando crime ambiental e que devem responder as implicações legais seja de menor a maior proporção. Tem sido preocupante o aumento dos riscos à saúde que essas queimadas acarretam, especialmente nesse período de pandemia, que tem agravado o estado de saúde de pessoas com problemas respiratórios desde as crianças aos idosos”.