Com o objetivo de combater o tráfico de pessoas e o seu impacto na sociedade, o governo do Acre iniciou nesta segunda-feira, 26, a etapa estadual da Campanha Coração Azul.
A ação busca sensibilizar a sociedade, ONGs, órgãos governamentais, mídia e formadores de opinião para esse problema social, que é tipificado como crime, de acordo com a lei n°13344/2016.
“O tráfico pode acontecer com diversas finalidades, como exploração sexual, trabalho equivalente ao escravo, remoção de órgãos humanos e adoção ilegal, entre outros”, explica o titular interino da Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (SEASDHM), André Crespo.
A campanha conta com apoio das Nações Unidas, que declarou 30 de julho o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. No Acre, a SEASDHM é a instituição governamental que presta apoio e atendimento psicossocial às vítimas desse crime.
Técnicos da pasta também desenvolvem estudos, pesquisas e ações que buscam fortalecer o enfrentamento ao tráfico de pessoas. Neste ano, os agentes da instituição já identificaram três casos de possível exploração de seres humanos, envolvendo iranianos e egípcios. Durante esta semana, diversos trabalhos, como intervenções educativas e webinários serão desenvolvidos para tratar da temática.
“Uma das metas da campanha é demostrar para a população os mecanismos de combate ao tráfico de pessoas, além de demonstrar solidariedade com as vítimas. A simbologia do coração na cor azul representa a tristeza das vítimas do tráfico de pessoas”, destaca a chefe do Departamento de Diretos Humanos da SEASDHM, Maria da Luz França.
Em ato solene realizado na sede da SEASDHM, o presidente da comissão de direitos humanos da Polícia Rodoviária Federal no Acre (PRF/AC), Wilse Brito, destacou o papel da instituição na etapa estadual da Campanha Coração Azul.
“Sempre estamos presentes nas campanhas que o Estado promove. Nesta parceria, o nosso trabalho é tanto de prevenção, com abordagens educativas, quanto de repressão. Como o Acre possui um território que faz fronteira com outros países, ficamos sempre em alerta”, disse Wilse Brito.
Em caso de dúvida ou denúncia sobre tráfico de pessoas, o cidadão pode ligar para o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, ou para o número 180, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres.