A inovação tecnológica é um poderoso motor de mudanças que vem revolucionando o mundo por onde passa. Esse elemento apresenta soluções rápidas e eficientes, facilidade no compartilhamento de informações, reduz custos, auxilia no processo de tomada de decisões e cria infinitas possibilidades que beneficiam o coletivo como um todo. A segurança pública do Acre, nos últimos dois anos, tem investido pesado em tecnologia e na modernização dos serviços, expandindo sua capacidade de atuação estratégica, não só na capital, mas em municípios do interior.
Como um dos avanços, podemos destacar o Departamento de Gestão Integrada de Segurança Eletrônica e Contramedidas, criado por meio do decreto n° 7.847, publicado no Diário Oficial do Estado, em 1° de fevereiro de 2021. O objetivo com a criação é dar celeridade na reestruturação e ampliação de todo parque tecnológico do estado, trazendo eficiência nos níveis de serviço e resultado na coleta de informações que possam favorecer o trabalho da segurança pública.
O departamento está sustentado nos seguintes pilares:
I. Gestão – Estudos, Implantação, Modernização, Conservação e Capacitação;
II. Integração – Integração às redes de computadores pertencentes ao Estado, à Prefeitura e Privadas. (PF, PRF, IAPEN, Secretarias, Escolas, Hospitais, Shoppings);
III. Segurança eletrônica – Circuito fechado de TV, sistemas de Alarme, Sistemas de Rastreamento, Sistema de Controle de Acesso, Sistemas de Cercamento Eletrônico;
IV. Contramedidas – Procedimentos que objetivam a prevenção, detecção, obstrução e neutralização de possíveis ameaças à segurança institucional, com o emprego de equipamentos eletrônicos.
Entre os resultados, o Acre já mantém em pleno funcionamento, o sistema de cercamento eletrônico: tecnologia que permite o acompanhamento de veículos com restrição criminal em tempo real e câmeras de videomonitoramento instaladas em 29 pontos estratégicos na capital ativas, permitindo o acompanhamento da movimentação da cidade 24 horas por dia. Há implantação de câmeras de videomonitoramento também nas cidades de Brasileia e Manoel Urbano, cada município com 10 pontos ativos e implantação de metodologia que tem possibilitado o Estado otimizar ações, no tocante a salvaguarda da frota de veículos e a segurança orgânica dos próprios integrantes da administração direta, por meio de ferramentas institucionais de segurança pública.
“O departamento está vinculado à Secretaria de Segurança Pública e todo o sistema é controlado de dentro do Centro de Comando e Controle. Temos operadores trabalhando 24 horas por dia, acompanhando as câmeras e repassando informações em tempo real aos profissionais que atuam diretamente no combate ao crime nas ruas. Ajuda na recuperação de veículos roubados, auxilia na identificação de pessoas que cometem crimes e também no processo investigativo. Os benefícios são muitos”, explicou Alexandre Nascimento, chefe do departamento de gestão integrada de Segurança Pública.
Investimentos em andamento
A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) já está em fase de projeto, o planejamento para ativação de toda a estrutura tecnológica de videomonitoramento que se encontram desativadas no estado, além da implantação de fibra ótica em parceria com empresas privadas. Os municípios de Capixaba e Sena Madureira já estão em processo de transição. Serão colocados 10 pontos de videomonitoramento em pontos estratégicos desses municípios. O cerco eletrônico também será ampliado para atuação na região de Brasileia e Epitaciolândia, áreas de fronteira e que necessitam do monitoramento dos veículos que passam pela região.
Outro investimento que está em fase final de assinatura é a implantação de tecnologia que permite o reconhecimento facial nos pontos onde há maior circulação de pessoas em Rio Branco. O investimento deve facilitar na identificação de possíveis autores de crimes, através do fornecimento de informações pelo banco de dados do sistema integrado de segurança pública.
O secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Paulo Cezar Rocha dos Santos, informou que também está em processo de negociação com empresas privadas, para a integração dos sistema de monitoramento particular com o Centro Integrado de Comando e Controle, ampliando assim a capacidade de alcance da Segurança Pública.”A maior finalidade com a criação do Departamento é resgatar e restaurar todo o sistema de monitoramento eletrônico que já tínhamos existente no Estado e que estava abandonado, em seguida, integrá-los ao Centro de Comando e Controle e, por fim, ampliar o alcance dessas ferramentas. Com isso teremos condições de combater crimes, bem como melhorar a qualidade de investigações e reduzir os índices de criminalidade em todo o Estado. Também com a ampliação do cerco eletrônico, a ferramenta de reconhecimento facial facilitará o cumprimento de mandados, identificará alvos e permitirá seu acompanhamento em tempo real. Precisamos aproveitar a tecnologia e fazê-la funcionar em nosso favor. O mundo está evoluindo, com ele a forma de cometer crimes, precisamos acompanhar sua evolução”, finalizou Paulo Cezar.