O projeto da Zona de Desenvolvimento Sustentável dos Estados do Amazonas, Acre e Rondônia (Amacro) foi apresentado aos governos e representantes dos três estados em videoconferência realizada na terça-feira, 2. A Amacro é planejada como um conjunto de ações para fomentar a sustentabilidade ambiental por meio do desenvolvimento socioeconômico às áreas a que se destina.
Participaram do encontro, representando o governador Gladson Cameli, os secretários de Estado do Acre de Fazenda, Rômulo Grandidier, de Estado de Produção e Agronegócio, Edivan Azevedo, e de Indústria, Ciência e Tecnologia Anderson Abreu.
O evento foi coordenado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o projeto foi apresentado pela Sudam. A Zona Amacro, que engloba 32 municípios localizados no sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia, pretende estabelecer um cinturão de proteção da floresta e proporcionar desenvolvimento sustentável potencializando as vocações locais de bioeconomia e circuitos produtivos agrosustentáveis com ações multisetoriais.
No Acre, o objetivo é mostrar que o estado representa não apenas uma resposta quanto aos desafios socioambientais, mas também oportunidade de se colocar em evidência como modelo de ações economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis na Amazônia, trazendo benefícios à população acreana.
Com a Amacro, a expectativa é traçar um planejamento de ações a serem conduzidas pelos três estados com foco em dois grandes eixos: Desenvolvimento Produtivo (Agronegócio, Indústria, Bioeconomia, Turismo) e Infraestrutura Econômica e Urbana (Logística e Transporte, Energia, Telecomunicações).
Segundo o secretário de Produção e Agronegócio, a iniciativa trata-se de organizar os recursos públicos no sentido de propiciar investimentos produtivos que sejam intensivos em tecnologia e capital, fazendo com que se instaure uma perspectiva de desenvolvimento de forma real, abrangente e conectada com o mercado.
“Espera-se que esta iniciativa sinalize para uma mudança real de rumo da economia da região sem descuidar da sustentabilidade, ofereça oportunidades à intensificação do uso da terra, sendo ponto de partida para que a diversidade de produtos economicamente viáveis seja efetivamente explorada”, explicou Azevedo.
Durante a reunião, o secretário da Fazenda falou sobre a importância da Suframa ampliar o rol de atividades industriais a serem beneficiadas pelos incentivos fiscais. “Esta seria uma forma de incentivar o desenvolvimento do nosso estado”, pontou Rômulo Grandidier .
De acordo com o titular da Seict, o objetivo do encontro é construir meios que favoreçam o desenvolvimento do Acre. “Projetos dessa natureza alavancam cada vez mais nossa economia, gerando renda, emprego e voltando para a própria população, seja de forma direta, com a geração de empregos, ou indireta, por meio dos impostos”, afirmou Anderson Abreu.