Meta do Ministério da Saúde é erradicar a doença no Brasil até 2010 e campanha envolverá todos os segmentos sociais
O Governo do Acre realiza o planejamento para vacinar contra a rubéola 231 mil pessoas na faixa etária dos 20 aos 39 anos de idade em todos os municípios do Estado. "É a segunda maior mobilização imunizatória realizada no Acre desde a vacinação em massa contra a hepatite", disse o secretário de Estado da Saúde, Osvaldo Leal. O Dia D de Comabte à Rubéola é 9 de agosto próximo.
Na quarta-feira, 2 de junho, o ministro da Saúde, José Gomeses Temporão, instalou o Comitê Nacional de Mobilização para Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). O Comitê conta com o empenho de mais de 200 instituições parceiras do governo federal na erradicação da doença e da Síndrome da Rubéola Congênita no país até 2010, meta definida pelo Ministério da Saúde.
As entidades que integram o Comitê vão apoiar as ações de governo em atividades como reforço na divulgação da campanha, mobilização de públicos internos, articulação de correspondentes nos estados e municípios e cessão de colaboradores e espaço para montagem de postos de vacinação.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a rubéola só não deve ser aplicada em mulheres grávidas, em qualquer período da gestação. Esta é a única restrição à vacina. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 34,7 milhões de mulheres e 35,3 milhões de homens. Dos 8.407 casos de rubéola confirmados no país, em 2007, 70% corresponderam a pacientes homens. A campanha envolverá todos os segmentos sociais, de empresas, instituições públicas a organizações do Terceiro Setor.
Nos estados de Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, homens e mulheres com idade entre 12 e 39 anos receberão a vacina tríplice viral contra rubéola, sarampo e também caxumba. Também no dia 9 do próximo mês, o Sistema Nacional de Saúde (SUS) realizará a segunda etapa da vacinação contra a poliomielite, cujo objetivo é imunizar 15 milhões de crianças menores de cinco anos.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado, 8.407 casos da doença foram confirmados em todo o país. Entre os 20 estados que registraram a incidência da rubéola, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro foram os que mais contabilizaram pessoas infectadas: 2.668, 1.603 e 1,5 mil, respectivamente. Também foram confirmados 17 casos de Síndrome da Rubéola Congênita, quando a infecção causada pelo vírus se complica, principalmente no primeiro trimestre da gravidez.
A vacina contra a rubéola faz parte do calendário de vacinação infantil. Quando a doença acomete crianças, as principais conseqüências para a saúde do paciente são cegueira, surdez e retardo mental. Nas mulheres grávidas, a infecção causada pelo vírus da rubéola resulta em malformação congênita no bebê.
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SAIBA MAIS
O que é a rubéola?
A rubéola, também conhecida como "sarampo alemão", é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus.
Qual a causa?
É transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus da família Togaviridae.
Quais os sintomas?
O paciente apresenta febre baixa, manchas na pele, dores de cabeça e pelo corpo.
Como se transmite?
A transmissão é diretamente de pessoa a pessoa por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.
Como tratar?
Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a orientação de um médico.
Como se prevenir?
Atualmente, a vacina para crianças aos 12 meses de vida consta do calendário nacional de vacinação. Uma segunda dose que deve ser aplicada entre quatro a seis anos de idade. Para homens e mulheres, a vacina também está disponível à faixa etária de 12 a 49 anos para as mulheres e de 12 a 39 anos para os homens.
Como é feito o diagnóstico?
Algumas doenças se manifestam de forma semelhante à rubéola, como sarampo, escarlatina e dengue. Na situação atual de eliminação da rubéola, é muito importante identificar precocemente, diagnosticar e classificar casos suspeitos, como também realizar as ações de vigilância de forma adequada.
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Com informações da Agência Saúde