Gestores e servidores do Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa) de Assis Brasil comemoram o alcance de alto padrão de qualidade da água distribuída no município. O resultado é fruto de um trabalho diário, iniciado em fevereiro de 2019 e intensificado nos últimos três meses.
O primeiro passo foi a organização do trabalho e preparação das equipes para rigoroso cumprimento do protocolo, com vistas à melhor utilização dos produtos usados no tratamento. O trabalhou continuou com treinamento para operadores das estações, com orientações sobre dosagem e concentração dos produtos utilizados no processo de tratamento da água.
“A partir dessas ações, conseguimos aumentar a capacidade de produção e otimizar a utilização dos produtos usados para o tratamento. Confrontando dados, observamos queda significativa na quantidade de produto utilizado, saindo de 3,4 mil kg de sulfato em fevereiro de 2019 para 946 kg em fevereiro de 2020, e o que é melhor: com maior ganho na qualidade da água distribuída em Assis Brasil”, informa o gerente do Depasa em Assis Brasil, Arquileudo Matias.
Atualmente, conforme estabelecido pela Portaria 2914/2011, do Ministério da Saúde, o nível de PH (acidez) da água distribuída em Assis Brasil, é de 6,8, em média. A turbidez, em torno de 0,4, equivale à encontrada em uma água destilada. E, ainda, rigorosamente dentro do estabelecido pela legislação, o nível de cloro fica em torno de 0,2 miligramas por litro.
“Uma água totalmente potável, de extrema qualidade, o que significa muito mais saúde, que a população pode beber com tranquilidade”, destaca Arquileudo.
O técnico em química, da Divisão de Controle de Qualidade do Depasa, Haroldo Macário, destaca o empenho das equipes para o alcance dos resultados. “Com apoio da diretoria técnica, administrativa e financeira todos se empenharam para alcançar êxito e o objetivo comum, que é atender com qualidade a população”.
Controle de qualidade
O controle de qualidade da água distribuída no Acre é feito a partir da coleta de amostras da água nas unidades de produção e rede de distribuição. Os testes verificam nível de pH (que identifica se a água é ácida, neutra ou alcalina), turbidez (que reflete o grau de transparência), cor aparente (que mede o grau de coloração), cloro residual (utilizado no processo de desinfecção, que tem a função de eliminar agentes patogênicos causadores de doenças, tais como microrganismos), além dos parâmetros microbiológicos que avaliam a presença de coliformes totais e fecais, que indicam a existência de bactérias nocivas ou não no processo final de tratamento.
Nos municípios, as amostras são coletadas a cada duas horas e depois levadas para o laboratório de controle de qualidade da água na capital, onde os resultados são sistematizados. O mesmo procedimento é realizado também em Rio Branco.
Todos os dados são informados em relatórios mensais que são encaminhados ao Sistema Nacional de Controle e Vigilância da Água (Siságua). O resultado das análises das amostras também é informado ao usuário na conta de água.
Para a chefe de Divisão do Controle de Qualidade da Água do Depasa, Adriana Evangelista “É um grande desafio, um trabalho de formiguinha, de ir a todas as unidades, conversar com os operadores, mostrando os procedimentos corretos, um trabalho que deve ser continuo para manter qualidade da água distribuída aos usuários do Depasa”.
O cuidado com a qualidade da água envolve ações que vão desde a limpeza e manutenção das estações e reservatórios, bem como o monitoramento e reparo de vazamentos que podem alterar a qualidade da água tratada e distribuída aos usuários do Depasa. “Esse é o esforço diário para que possamos garantir que a água chegue à casa dos usuários com qualidade exigida pela legislação”, ressalta o diretor-presidente do Depasa, Luiz Felipe Aragão.
