Idaf alerta para a importância do exame de anemia infecciosa equina

A unidade do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) de Xapuri realizou esta semana a repetição de exames em uma propriedade rural do município a fim de descartar casos de Anemia Infecciosa Equina (AIE), doença causada por vírus, que não tem cura e que pode acometer os equídeos (cavalos, éguas, mulas, burros, jumentos, pôneis) de qualquer raça, sexo ou idade.

Idaf de Xapuri realizou a repetição de exames em uma propriedade rural do município a fim de descartar casos de anemia infecciosa equina Foto: Raimari Cardoso

Outra doença que faz parte do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE), estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é o mormo. O Acre não possui casos registrados da doença, mas o Idaf se mantém atento aos procedimentos para manter as propriedades livres do risco.

Popularmente conhecida como lamparão ou farcinose, o mormo é uma doença fatal e contagiosa que também atinge os equídeos, mas causada por bactéria, podendo se apresentar na forma nasal, respiratória ou cutânea. Além disso, é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida do animal para o homem.

As maneiras mais importantes para a transmissão tanto da anemia quanto do mormo se dão por meio do uso de equipamentos, como agulhas, arreios, freios ou esporas em animais diferentes. Depois disso, vêm os cochos e aguadas coletivas, e, por fim, a transmissão por meio das moscas, como a mutuca.

Profissionais conscientizam produtores e pecuaristas para a importância dos exames Foto: Raimari Cardoso

A médica veterinária Ane Gabrielle, chefe da unidade do Idaf em Xapuri, explica que o exame para a anemia equina e para o mormo é obrigatório nos casos de trânsito intermunicipal e interestadual e para a participação em eventos. Segundo ela, tem havido uma crescente conscientização de produtores e pecuaristas para a importância de sua realização, que se dá por meio da rede particular, por conta do proprietário.

“A forma mais eficaz de prevenção é a realização da colheita periódica de sangue para o exame da anemia e do mormo para todos os equídeos da propriedade e, além disso, exigir a Guia de Trânsito Animal (GTA) e o atestado negativo de AIE para entrada e saída de animais na fazenda. Muitos produtores resistem por fazer o exame por medo de ter que sacrificar um animal que apresente resultado positivo, mas a cada dia aumenta a conscientização a respeito da importância do exame”.

A forma mais eficaz de prevenção é a realização da colheita periódica de sangue para o exame da anemia e do mormo Foto: Raimari Cardoso

Quando um caso positivo é detectado em uma propriedade, o Idaf entra em ação para realizar o saneamento da tropa. Todos os animais são submetidos a duas coletas consecutivas em um intervalo de 30 dias e aqueles que testarem positivo para a doença serão sacrificados pelo serviço veterinário oficial.

O Idaf adverte que a participação de equídeos em eventos agropecuários, como leilões, feiras, exposições, rodeios, vaquejadas e demais concentrações de equídeos somente é permitida mediante a apresentação da Guia de Trânsito Animal (GTA), com os atestados negativo de influenza equina, anemia e mormo.

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