Despoluição do Igarapé São Francisco irá impactar a vida de 59 mil acreanos

O projeto que tem tudo para contribuir com o meio ambiente e impactar diretamente a vida de 59 mil acreanos, a despoluição do Igarapé São Francisco, está em fase de pesquisa. O coordenador da Comissão Multidisciplinar de Estudos para Despoluição do Rio Acre, Igarapé São Francisco, Canal da Maternidade e bacias hidrográficas (Codespo), Sebastião Fonseca, visitou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e solicitou apoio na produção de mapas, análise de geoprocessamento, custo de recomposição florestal e na elaboração de um documentário sobre a situação ocupacional da bacia do Igarapé São Francisco.

Até janeiro do próximo ano será entregue um relatório com o levantamento da área do igarapé que precisa ser recuperada. A despoluição do igarapé São Francisco será a primeira obra a ser executada, com recursos que virão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com investimento de R$ 83 milhões.

Para o secretário Israel Milani, esse projeto é uma das prioridades do Estado para o ano de 2020. “É de total interesse para a Sema colaborar na execução dessa obra estruturante. Com certeza será um marco para o estado, especialmente porque vai melhorar as condições de vida da população e vai despoluir um dos principais afluentes do Rio Acre”, comentou.

Um dos pontos mais urgentes é iniciar o tratamento da água do esgoto que cai diretamente no igarapé e chega ao Rio Acre Foto: Cedida

Um dos pontos mais urgentes, segundo Sebastião Fonseca, é iniciar o tratamento da água do esgoto que cai diretamente no igarapé e inevitavelmente chega ao Rio Acre. “É um projeto macro, que vai necessitar de articulação entre vários órgãos do governo. Aproximadamente 20 bairros serão beneficiados”, explicou.

Sebastião disse ainda que o projeto contempla a implantação de um laboratório de análise da qualidade da água, certificado e uma processadora de plástico. “A limpeza e urbanização são fundamentais, mas manter isso é o desafio. Hoje temos a população do entorno poluindo o igarapé, muitas vezes por falta de uma orientação adequada. Então, esse trabalho de educação socioambiental é indispensável”, finalizou.

A Codespo é composta pelo engenheiro civil Sebastião Fonseca, diretor-presidente da Administradora da Zona de Processamento de Exportação do Acre; pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Israel Milani; pelo presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre, André Hassem; e, ainda, pelo presidente do Departamento Estadual de Água e Saneamento, Zenil Chaves, e o secretário de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano, Thiago Caetano.

 

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