Toxoplasmose com ênfase na gestacional e congênita são os principais pontos que estão sendo discutidos por especialistas em toxoplasmose, evento que teve início nesta terça-feira, 19, e segue até quarta-feira, 20, em Brasília.
O Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, participa do encontro, que reúne também as Coordenações de Vigilância Epidemiológica, Saúde das Mulheres, Saúde da Criança, Assistência Farmacêutica, Laboratórios de Saúde Pública, Sangue e Hemoderivados, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entre outros atores que se reúnem para debater as alterações nos protocolos de tratamento do Ministério da Saúde.
“A vigilância da toxoplasmose gestacional e congênita no estado do Acre está em fase de estruturação desde o ano de 2018 e vem sendo devidamente implantada durante o ano de 2019. Quinze dos vinte e dois municípios já estão trabalhando de acordo com o preconizado no protocolo de notificação e investigação Toxoplasmose gestacional e congênita, do Ministério da Saúde. A previsão é de que os municípios mais distantes sejam alcançados ainda no primeiro semestre de 2020”, destaca a chefe do Núcleo de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, Débora dos Santos, uma das representantes da Região Norte no evento em Brasília.
A toxoplasmose congênita resulta em um impacto socioeconômico importante, principalmente se a criança for acometida por retardo mental e cegueira. Entretanto, a toxoplasmose congênita ou suas sequelas podem ser evitadas pela prevenção primária (informações às gestantes suscetíveis sobre as fontes de infecção), pela triagem sorológica pré-natal (identificação da toxoplasmose gestacional o mais precocemente possível, seguida de tratamento antimicrobiano para prevenir ou limitar a transmissão transplacentária, diagnóstico e tratamento fetal) e ainda pela triagem neonatal, seguida por tratamento antimicrobiano de recém-nascidos infectados, para evitar danos clínicos.
O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas (BRASIL, 2013).