Mulheres que residem na Cidade do Povo se reuniram na manhã deste sábado, 3, para participar de atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher comemorado na próxima quinta-feira, 8. O encontro aconteceu no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), do maior empreendimento habitacional do Acre.
Atividades lúdicas, aulas de dança e capoeira e uma palestra sobre “Os desafios da mulher protagonista do século XXI” ministrada pela vice-governadora, Nazareth Araújo, foram algumas das atividades oferecidas. O evento foi promovido pelas Secretarias de Estado de Habitação e Interesse Social (Sehab) e de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), prefeitura de Rio Branco e Tribunal de Justiça.
Em sua fala Nazareth Araújo frisou que este é um momento de reflexão sobre a posição da mulher e o que até agora se conseguiu avançar em respeito e igualdade de direitos. “Esta é uma forma de reconhecer a importância da mulher e parabenizá-la pelas conquistas acumuladas ao longo do tempo, bem como lembrar de suas lutas diárias”, disse.
Ainda segundo a vice-governadora é importante lembrar que o Dia Internacional da Mulher foi instituído com o propósito de marcar o esforço empenhado na conquista feminina de direitos no âmbito social, político e econômico, sendo adotado pela Organização das Nações Unidas e comemorado em diversos países.
A coordenadora estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Acre, desembargadora Eva Evangelista, destacou a importância de levar o assunto sobre violência doméstica para as comunidades com o propósito de reduzir o índice de agressões contra as mulheres.
“Eventos iguais a esse representam muito por que eles realçam o papel da mulher, a grandeza daquilo que precisamos fazer para consolidar uma sociedade melhor, mais justa, mais solidárias. Eles nos possibilitam tornar a mais visível a luta pelos direitos da mulher”, enfatizou.
Alessandra Alves, moradora da Cidade do Povo revelou que “ser mulher nos dias de hoje é muito difícil e ser mulher e moradora de periferia é mais difícil ainda”, afirmou.
E completou: “A discriminação ainda é muito grande com a mulher negra. Em trinta anos de vida, vejo muita evolução. Sou a primeira mulher da família a ter um diploma de nível superior. A minha luta hoje é buscar ações que ajudem a melhorar a autoestima, diminuir e alertar sobre abuso sexual com crianças e no trabalho de valorização e proteção da mulher”, confessou Alessandra.