Primeiro no mundo a executar o programa global REM (REDD Early Movers – pioneiros na conservação) e com resultados concretos refletidos em sua socioeconomia, o Acre tem ganhado destaque no cenário internacional e nacional ao apostar numa política de desenvolvimento sustentável, que atua na valorização do ativo ambiental.
No dia 26 deste mês, o Acre sedia o 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal. Durante o evento, os gestores e demais organizadores vão debater o “Dia da Amazônia”, que será promovido na 23ª Conferência das Partes (COP 23) em Bonn, na Alemanha, em novembro próximo.
A proposta de debater e definir os assuntos relacionados à promoção da Amazônia no cenário mundial, durante a COP 23, foi firmada em agosto deste ano pela Câmara Temática Meio Ambiente, composta por secretários da pasta, ainda no 15º Fórum. Rica em biodiversidade, a Amazônia Legal corresponde a 61% do território brasileiro e é composta pelo Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
“O fórum vai fazer, junto com o Ministério do Meio Ambiente do Brasil e da Alemanha, um dia de discussões na COP para tratar a importância de uma nova economia que valorize a floresta e que, ao mesmo tempo, traga qualidade de vida, prosperidade e modelo de desenvolvimento que não utilize o desmatamento”, explica a secretária-chefe da Casa Civil do Acre, Márcia Regina.
Não é de hoje que o Acre se destaca pelo seu pioneirismo ambiental. Durante a COP21, em 2015 na França, o governo do Estado recebeu o certificado de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal com Benefícios Socioambientais (REDD+SES), o primeiro do mundo concedido a um programa subnacional.
Por reconhecer a importância da floresta para a vida no planeta e militar na defesa de uma economia sustentável, o Estado assumiu o compromisso, com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), de zerar o seu desmatamento até 2020.
Recentemente, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou dados que apontam uma redução de 32% no desmatamento ilegal do Acre, enquanto na Amazônia esse percentual foi de 21%, entre agosto de 2016 a julho de 2017, se comparado ao período anterior (2015/2016).