Reconhecidos internacionalmente como zonas livres de aftosa, em virtude dos resultados exitosos de suas políticas de defesa e inspeção animal, Acre e Rondônia estão cotados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a serem os primeiros estados brasileiros a realizar a retirada da vacina contra a febre aftosa, a partir de maio de 2019.
Para nivelar as ações e traçar estratégias de atuação conjunta, uma comitiva do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), liderada pelo diretor-presidente da autarquia, Ronaldo Queiróz, reuniu-se nesta terça-feira, 12, com o presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron), Anselmo de Jesus, e equipe.
O intercâmbio entre as instituições tem duração de dois dias. Neste primeiro momento, os profissionais compartilham informações sobre seus serviços de atenção veterinária e debatem as metas e resultados do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa, com foco nas novas diretrizes.
Com um rebanho total estimado em 13,6 milhões, o sexto maior do país, Rondônia é o quinto maior exportador de carne da federação. “Independentemente da retirada da vacinação, nós somos parceiros. Hoje, Rondônia e Acre possuem um rebanho significativo em nível nacional, portanto, as ações conjuntas são essenciais para que possamos expandir nosso mercado de exportação”, salientou Jesus.
Os estados foram indicados pela Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa) a serem as primeiras regiões a realizar a retira da vacina, pelos resultados obtidos com a política de sanidade animal.
“O convite para o intercâmbio partiu do Idaron, e estamos debatendo pautas em comum, como a retirada da vacina contra a aftosa, que surge como reconhecimento às ações que o governo desenvolve de combate e prevenção à enfermidade”, salientou Queiróz.
Acre livre de aftosa
Em 2017, o Acre, por meio do Idaf, registrou o índice recorde de cobertura vacinal, com 99,18% do seu rebanho vacinado. No ano passado, foi classificado pelo Mapa com o maior percentual de eficiência vacinal do país.
Há 17 anos o Acre se mantém livre de aftosa, e por doze anos consecutivos tem o reconhecimento da World Organization for Animal Health (OIE) – Organização Mundial de Saúde Animal.
Com o pleito à zona livre de aftosa sem vacinação – o maior status sanitário, em relação à enfermidade –, o estado visa expandir sua área de comércio.