Produtores recebem capacitação para plantar coco no Vale do Juruá

Programa de governo beneficia 40 produtores em Mâncio Lima e Rodrigues Alves

009sdf10sd2f.jpg

Reforço na assistência técnica no campo é fundamental para o sucesso dos produtores (Foto: Onofre Brito)

O programa de incentivo ao plantio de coco no Vale do Juruá, lançado pelo governador Tião Viana no início deste ano, teve continuidade nesta semana com a capacitação dos produtores selecionados. O secretário de Agricultura e Pecuária, Mauro Ribeiro, e o engenheiro agrônomo Hermes Pereira da Costa conduziram os trabalhos durante dois dias na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Mâncio Lima.

Os produtores tiveram orientações de como escolher a área para plantar, como tirar amostras para análise de solo, qual o tipo de coco mais indicado, tipos de pragas e como conduzir esse cultivo. “Não é só plantar, é cuidar bem”, pondera o agrônomo. No entanto, ele garante que todos os problemas do coco são solucionáveis, tanto de doenças quanto de fertilidade do terreno. “Se tiver acompanhamento técnico não há problema nenhum".

Segundo Mauro Ribeiro, o governo adquiriu 41 mil mudas de coco. Foram selecionados 40 produtores rurais, sendo 30 de Mâncio Lima e 10 de Rodrigues Alves. Cada um deles plantará cinco hectares de coco à razão de 204 mudas por hectare. Para Ribeiro, o coco tem comercialização garantida e, com a abertura definitiva da BR-364, o Vale do Juruá poderá abastecer a capital. Ele contou que, no futuro, é desejo do governador Tião Viana implantar uma indústria de processamento dos produtos do coco, como o leite de coco e o coco ralado, que, produzidos na região, terão ampla possibilidade de competir e oferecer preços melhores que seus similares provenientes do Nordeste. “A gente vai obstinadamente perseguir esta meta”, disse. Mauro Ribeiro informa ainda que já existe um projeto finalizado para ampliação do número de produtores e também de apoio para montagem de um sistema eficiente e barato de irrigação.

Segundo explicação do agrônomo Hermes, o governo adquiriu mudas de coco-anão e coco híbrido, sendo o primeiro mais apropriado para a produção de água de coco e o segundo, de polpa. O coco-anão começa a produzir após três anos. Aos seis anos estabiliza a produção em sua capacidade máxima e vai continuar assim por 20 anos. O coco híbrido começa a produzir aos seis anos, estabiliza a produção depois de oito anos e permanece produzindo por 20 anos. Cada pé de coco, anão ou híbrido, quando bem cuidado e fertilizado, pode produzir 200 cocos por ano. Com a média de 200 pés por hectare, o produtor teria assim a expectativa de colher 40 mil cocos por hectare/ano.

Produtores animados

A produtora Maria Cordélia Gomes da Costa tem uma colônia na Gleba Iucatã, em Rodrigues Alves, onde cria gado, mas resolveu aderir ao programa de plantio de coco. “Estou achando muito proveitoso esse curso. De ontem para cá já aprendi muita coisa que não entendia sobre plantação de coco, algumas doenças. Estamos nos preparando e tenho grande expectativa. A gente já fez até os cálculos e percebeu que dá para ganhar dinheiro”, disse.

José Carlos da Silva é oriundo do Paraná. Ele contou que há um ano juntou o dinheirinho que tinha e comprou um sítio no Ramal da Lua, em Mâncio Lima. Hoje já tem uma pequena criação de galinhas e planta mandioca, cana, banana e abacaxi. Agora ele está entusiasmado em cultivar coco. “Estou muito animado com a possibilidade de plantar coco. A gente sabe que é um esforço do governador Tião Viana. Eu estou apostando nesse governo. Ele está dando esse empurrão, que é necessário. Depois a gente caminha com as próprias pernas”.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter