Polo industrial de Cruzeiro do Sul atrai investidores

Com o crescimento da unidade no ano que vem, centenas de postos de trabalho serão  criados

O polo industrial de Cruzeiro do Sul, situado no bairro Nova Olinda, em área de 19 hectares, está com os trabalhos de implantação bem avançados, prestes a concluir a primeira etapa, que é a construção de 15 galpões para os setores de marcenaria e movelaria (Foto:Flaviano Schneider)
O polo industrial de Cruzeiro do Sul, situado no bairro Nova Olinda, em área de 19 hectares, está com os trabalhos de implantação bem avançados, prestes a concluir a primeira etapa, que é a construção de 15 galpões para os setores de marcenaria e movelaria (Foto:Flaviano Schneider)

O polo industrial de Cruzeiro do Sul, situado no bairro Nova Olinda, em área de 19 hectares, está com os trabalhos de implantação bem avançados, prestes a concluir a primeira etapa, que é a construção de 15 galpões para os setores de marcenaria e movelaria (Foto:Flaviano Schneider)

O polo industrial de Cruzeiro do Sul, situado no bairro Nova Olinda, em área de 19 hectares, está com os trabalhos de implantação bem avançados, prestes a concluir a primeira etapa, que é a construção de 15 galpões para os setores de marcenaria e movelaria, nos quais foram investidos cerca de R$ 3 milhões.

Anteriormente planejado para ser moveleiro, o polo teve sua abrangência ampliada para abrigar também indústrias de outros ramos. A Secretaria de Indústria, Comércio, Serviços, Ciência e Tecnologia (Sedict), que o administra, já liberou concessões para instalação de 21 indústrias de vários tipos. Segundo o secretário Edvaldo Magalhães, até meados do ano que vem deverão estar instaladas em Cruzeiro do Sul pelo menos 30 indústrias.

O investimento do governo estadual na cadeia produtiva da madeira tem chamado a atenção de empresários de outros Estados. No último sábado, 4, o empresário Lir Rofatto, que trabalha com madeira bruta e beneficiada, visitou o polo industrial em companhia do secretário Edvaldo Magalhães e demonstrou disposição de investir no polo de Cruzeiro do Sul ou em Tarauacá.

Rofatto é um investidor de peso. Dono da H.M.R. Madeiras, ele está retirando toda a madeira das áreas que serão alagadas com a construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Estado de Rondônia. O volume de trabalho da empresa é gigantesco: na área alagada da usina do Jirau deverá ser retirado 1,8 milhão de metros cúbicos de lenha e 500 a 600 mil de lenha toras. Na usina de Santo Antônio serão retiradas 450 mil metros cúbicos de lenha e 160 mil de toras. Rofatto disse que se animou a investir no Acre porque “o Acre tem nome na gestão florestal. Se todos fizessem igual a vocês ninguém trabalharia de forma ilegal”.

Segundo o empresário, no Acre tudo é mais organizado e as coisas estão sendo desenvolvidas dentro da legalidade, diferentemente de outros Estados do Brasil. “Aqui as coisas estão muito bem organizadas e o negócio será muito bom. Queremos trabalhar em cima da coisa certa. A estrutura aqui é  boa e nos atrai. Num dos dois polos, aqui ou Tarauacá, vamos investir”, disse Rofatto.

Acre atrai investidores

Segundo Edvaldo Magalhães, o governo do Acre tem sido procurado por muitos investidores, em parte pelo fato de o estado ter agora duas conexões estratégicas: uma a BR-364 que promoveu a integração do estado e outra a ligação aos portos do Pacífico pela Rodovia Interoceânica.

“A nova situação faz com que o Acre seja um lugar para investidores e atraia negócios na área da indústria florestal e todos os produtos da madeira pelos investimentos que o Estado está fazendo nos polos industriais, nos setores de marcenaria e movelaria como é o caso do polo industrial de Cruzeiro do Sul e também de uma outra planta industrial em Tarauacá.”

Edvaldo ainda chama atenção para o fato de que no Acre o trabalho com madeira é  segura do ponto de vista

ambiental, pois tem a segurança jurídica de que a matéria-prima vem de manejos comunitários, de manejos em florestas públicas ou ainda manejo de florestas em áreas particulares.

Além disso, o secretário aponta também a segurança da certificação não apenas da origem do produto, mas também o certificado FSC que garante que a retirada desta madeira também não agride o meio-ambiente, não destrói as florestas. “São diferenciais que agregam valor ao produto”, disse. O secretário lembra ainda que o polo industrial abrirá  centenas de postos de trabalho.

“A gente está começando a encontrar nossas vocações tendo em vista nosso desenvolvimento. Cruzeiro do Sul era apenas um polo de grandes consumos e agora vai ser um polo produtor de riquezas. Isso muda tudo

do ponto de vista da economia da região.”

Moveleiros satisfeitos

O empresário do ramo da movelaria, Hélio Pedrosa, durante o encontro no polo industrial, disse que foi coroada de êxito a busca por mercados para os produtos da região. “Participamos quatro vezes da feira da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam) com produtos que a gente levou daqui. Sempre tivermos boa aceitação, faltava apenas a gente concluir em termos de comercialização dos produtos. Agora já temos algo concreto que são duas empresas compradoras”.

O presidente da Cooperativa dos Moveleiros e Marceneiros, João Evangelista, disse que todos os associados estão muito felizes com os investimentos do governo do Estado: “Hoje a gente está vendo a capacidade que o governo tem de investir dentro de um setor industrial. Nunca esperávamos isso dentro do nosso município. É a maior conquista que já  tivemos em todos os tempos. Temos a segurança da matéria-prima através dos planos de manejo e, além disso, o Imac está fazendo um trabalho muito bom facilitando as licenças para retirada de madeira dentro dos roçados”, disse.

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