Símbolo da Organização de Centrais de Atendimento (OCA), o pássaro da OCA passou por recente processo de revitalização na qual houve substituição do material utilizado no ato de sua criação, há sete anos, quando foi instalado na cúpula da Central.
O trabalho de revitalização da obra foi realizado pelo artista plástico Lucas Isawa, autor do projeto inicial da águia e dos demais pássaros que compõem a intervenção artística que também tinha como objetivo reduzir a incidência solar no ambiente.
“O antigo material era de polipropileno e devido ao tempo exposto aos raios UV [ultravioleta] tiveram decomposição natural. Mesmo assim, superou em dois anos a garantia dada pelo fabricante, que era de cinco anos”, comentou o artista plástico.
Lucas Isawa revelou que a escolha do material utilizado na revitalização foi amplamente discutida. Segundo ele, a busca inicial era por um material disponível na região. Porém, ao avaliar as possibilidades, chegou-se a conclusão que o vinil seria o mais adequado por conter proteção UV.
“Já que tínhamos o vinil como escolha, por que não imprimi-lo? Foi aí que veio a ideia das fotos de toda a equipe de funcionários da OCA, formando uma grande figura de coração que simboliza toda a equipe unida sobre o pássaro”, detalha Isawa.
Protagonismo acreano
Durante dez dias, mais de 40 servidores da OCA, divididos em equipes e turnos diferentes, auxiliaram o artista plástico na revitalização da escultura.
“Nós denominamos a escultura como o Espírito Santo porque ele fica logo na entrada, protegendo todo cidadão que procura os serviços da OCA e os servidores que trabalham nela. Nós realizamos a restauração com matéria reciclável. Utilizamos fotos dos servidores que são protagonistas da política de atendimento do Estado”, disse Sawana Carvalho, secretária de Gestão Administrativa.
Sawana destacou que a restauração foi um trabalho conjunto e que além da equipe da OCA teve o apoio de artesãos que atuam no Estado, do gabinete da primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, e do Sebrae.Karla Martins, diretora-presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), frisou que para o processo de recriação da escultura, Isawa andou pela cidade, dialogou com artistas e artesãos locais, fez sugestões e deixou o projeto de um novo painel para o local.
“O pássaro está de volta, com outra configuração, mas restaurado pelo próprio artista a partir de sua concepção. Visitem o local, vejam o pássaro, a instalação. Sempre é bom ver obras de arte reconfiguradas por quem as pensou originalmente”, declarou a diretora-presidente.
Leia também: Artesãos acreanos participam de palestra com artista plástico de São Paulo