A comunidade do Riozinho do Andirá, Ramal Ilha das Cobras, em Bujari, finalizou o processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento Comunitário (PDC) do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado do Acre (ProAcre) na última sexta-feira, 18. São 27 famílias que veem nesse processo um estímulo para permanecer nas propriedades rurais.
Para implementar o Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado do Acre (ProAcre/Proser), o governo do Estado idealizou o Plano de Desenvolvimento Comunitário (PDC), uma proposta para garantir o envolvimento das comunidades na gestão territorial, de modo a refletirem sobre os seus problemas e proporem soluções inovadoras e adequadas à realidade.
“A necessidade do documento surgiu a partir dos resultados do Zoneamento Ecológico e Econômico do Acre, no qual foram definidas regiões estratégicas para a realização de investimentos”, explica o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques Filho.
De acordo com Maria Lucinda Lima, coordenadora do Proacre na Seaprof, o PDC é como um instrumento que levanta as expectativas das comunidades e as estratégias necessárias para a promoção do seu desenvolvimento, observando questões como a vocação econômica e cultural de cada comunidade, bem como as possibilidades de integração com as cadeias produtivas das Zonas Econômicas de Desenvolvimento (ZEDs).
Na última sexta-feira, a equipe de técnicos que acompanha a elaboração do PDC realizou a oficina em que a comunidade valida o documento determinando em que serão investidos os recursos. O presidente da Associação de Produtores e Extrativistas Riozinho do Andirá, Mauri Queiroz, disse que essa é uma forma bastante eficaz. “Estávamos aqui completamente sem esperança, e agora vamos receber um investimento de quase 100 mil reais. Isso é o sonho de todo produtor”, afirmou.
Oficina PDC
A oficina do PDC realizada nas comunidades polos descreve vários momentos: apresenta de forma simplificada a organização do Estado por meio do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), define o PDC, identifica os pontos fortes e fracos das comunidades polo, aponta soluções, instituições parceiras, apresenta as necessidades na área de produção para aquisição dos equipamentos, constrói o calendário de produção, resgata a história da comunidade (linha do tempo), desenha o mapa atual e o futuro da comunidade, e elege a comissão do PDC para acompanhar o processo.