“A inclusão não deve ser uma exigência para as outras pessoas. O sentimento de querer incluir deve estar dentro de cada um, e é daí que vem a verdadeira inclusão social: quando as pessoas que não possuem deficiência buscam meios de não excluir os surdos, cegos, paraplégicos, ou qualquer outro tipo de pessoa com necessidades especiais”.
A fala de Hildo Montezuma, da Secretaria Municipal de Educação (SEME), foi uma das declarações da cerimônia de abertura do I Seminário Estadual de Surdos, realizado na manhã desta segunda-feira, 30, no auditório da Secretaria Estadual de Educação (SEE).
O evento é realizado pela Associação dos Surdos do Acre (ASSACRE) em parceria com a SEE, SEME e com o Centro de Apoio ao Surdo (CAS), e vem para disseminar os avanços e perspectivas no processo da inclusão educacional e social da pessoa surda no Acre.
O trabalho de inclusão da pessoa surda inclui 22 profissionais surdos que atuam no CAS, com mais de 300 alunos, sendo a maior concentração na capital, que contabiliza cerca de 220 estudantes atendidos pelo Centro e pelas Salas de Recursos Multifuncionais, espaços projetados para trabalhar com variados tipos de alunos que precisam de atendimento especializado.
Katiuscia Nogueira, que trabalha há três anos na Sala de Recursos da Escola Estadual Heloísa Mourão Marques, explica que “eventos como esse são muito importantes para mostrar a necessidade de encontros que discutam o direcionamento do trabalho de inclusão. Muito já foi conquistado, mas muito ainda precisa ser modificado para que a verdadeira inclusão seja, de fato, uma realidade social”.
Entre os temas das palestras apresentadas, estão “Família, Escola e Sociedade: os três pilares no desenvolvimento da pessoa surda”, “LIBRAS: Sua importância no desenvolvimento cognitivo do surdo”, e ”Avanço da comunidade surda na inclusão social”.
