Experiências de empreendores da cultura nas cidades acreanas têm formatado uma vitrine de produtos com a Feira de Economia Criativa, uma iniciativa da Caravana de Cultura e Humanização.
Rodrigues Alves foi a nona cidade das 22 que terão suas feiras. A ação é simples: promover as atividades empreendedoras dos municípios, criando oportunidades para os profissionais locais.
“Um lugar de escoamento do trabalho dessas pessoas. Eles confeccionam, criam e formatam, e damos a oportunidade de venderem e mostrar seus produtos artístico-culturais”, disse Elineide Medeiros, coordenadora da caravana.
O que Rodrigues Alves tem para mostrar? Uma cartela de produtos que agrega culinária, teatro, música e artesanato. Barracas e palco montados na praça Antônio Guilherme servem de espaço para artistas, artesãs e quituteiras apresentarem sua arte e ofício. A feira contou com o apoio da prefeitura local e sua diretoria de cultura. O prefeito Francisco Ernilson Saraiva de Freitas (Burica) marcou presença no evento.
Com um mostruário de peças em renda, fuxico, bordado e material reciclável, as artesãs da Cooperativa de Mulheres Produtoras de Rodrigues Alves pela primeira vez colocaram seus produtos à mostra numa feira. Tapetes, centros de mesa e uma variedade de acessórios são confeccionados pelas mulheres.
“Para nós é muito gratificante. A gente vende assim por encomenda para quem conhece nosso trabalho. E a feira veio somar porque nosso produto fica conhecido e, ainda por cima, dá para ganhar um trocado”, comenta Maria Jeni, presidente da cooperativa.
Viajar meia hora de barco pelo Juruá da Praia da Amizade até Rodrigues Alves. Para as exímias quituteiras do lugar, especialistas em produtos à base de milho, é algo natural. Cerca de 36 famílias residem na comunidade. Elas levaram para a feira pamonha, cuscuz com coco e canjica, e comercializaram ao preço de R$ 2.
“A gente planta o milho, e quando não tem na nossa comunidade buscamos de outras. O nosso produto é bastante aceito. A feira é uma oportunidade que temos de aumentar nossa renda”, disse Maria de Jesus do Nascimento, a “Dona Duda”, como gosta de ser chamada.
Teatro na feira – O momento artístico foi apresentado pelo grupo da oficina de teatro ministrada por Cristian Morais. A turma apresentou a adaptação de “Amo-Te FBS”, de autoria de um dos participantes, o professor Iderlindo Lopes. O amor e a despedida moveram a narrativa, embalada por composições populares. O público lotou a praça para ver de perto o que Rodrigues Alves tem para oferecer embalados pelo som da Banda Bizz.
Uma vitrine de produtos culturais – Assim é a Feira de Economia Criativa, ação do projeto Caravana de Cultura e Humanização, promovido pelo governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour e pela Diretoria de Humanização da Gestão, em parceria com as prefeituras.